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Mercado de silvicultura é tema de workshop em Goiânia

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foto 3Com o objetivo de debater o mercado de silvicultura no estado, a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) realizou nesta terça-feira (11) ‘Workshop da Base Florestal de Goiás’. Os temas em discussão visaram destacar a oferta de silvicultura em Goiás, além de falar sobre a geração distribuída a partir da Biomassa Florestal. O evento contou com a presença de integrantes da Comissão de Silvicultura da Faeg e representantes de entidades como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária (Embrapa), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (CREA), Associação dos Engenheiros Agrônomos de Goiás (Aeago) e da Federação da Industria do Estado de Goiás (Fieg), além de produtores ligados ao setor.

Para o presidente da Comissão Nacional de Silvicultura da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que também preside a Comissão de Silvicultura da Faeg e a Câmara Setorial de Florestas Plantadas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Walter Rezende, o debate promovido durante o workshop foi construtivo e oportuno. “O setor nunca esteve tão organizado como agora. Temos um caminho e é só trilharmos. Estudos e mapeamentos de áreas do setor ajudaram a identificar gargalos e elaborar políticas para o desenvolvimento da cadeia de silvicultura em Goiás”, observou.

Segundo o vice-presidente institucional da Faeg, Eduardo Veras, que participou da abertura do workshop, a silvicultura é o setor que conseguiu organizar dados e informações que ajudam a nortear o mercado. “Nossa Base Florestal tem dados significativos que foram levantados ao longo dos últimos anos por meio de pesquisas e identificação de áreas. Hoje a silvicultura é uma das cadeias que vem se estruturando com o respaldo de dados técnicos. A Faeg tem participado desse processo de desenvolvimento promovendo momentos importantes como esse”, ressaltou Veras.

Temas em destaque

O engenheiro florestal, Marcos Nischi, destacou a importância da Geração Distribuída a partir da Biomassa Florestal, contextualizando a experiência da Brasil Florestas onde executou projetos de 30, 50, 10 e 5 MW. Nischi apresentou ainda a forma de comercializar energia e como organizar os compradores e fornecedores, além de destacar a geração compartilhada – que é a reunião de consumidores dentro da mesma área de concessão ou permissão, por meio de consórcio ou cooperativa, composta por pessoa física ou jurídica.

A necessidade técnica que um projeto precisa para ser viável observando estudos de conexão, terreno, licença ambiental, outorga d'água e fornecimento de biomassa também fez parte do workshop. O gerente de Estudos Técnicos e Econômicos da Faeg, Edson Novaes, que na ocasião mediou as discussões, lembrou que a realização do evento faz parte das ações da comissão de silvicultura que ocorrerão ao longo do ano.

Mercado

O Setor de árvores plantadas brasileiro comemora mais um ano de superávit na balança comercial. Em 2016, de acordo com dados divulgados pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), foi registrado um saldo positivo de 6,6 bilhões de dólares um crescimento de 2,4% em relação a 2015. Os números mostram bom desempenho e a meta para esse ano é impulsionar ainda mais o setor aproveitando a queda nos preços de exportação diante a valorização do real frente a moeda americana. Em 2014 e 2015 houve em aumento de 17,3% no saldo positivo da balança e em 2017 a previsão e de que o País salte de quarto para segundo lugar na produção mundial, principalmente devido as exportações de celulose.

Texto: Francis Telles

Foto: Larissa Melo

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