O proprietário do Sítio, Giuliano, sempre manteve firmes as raízes no campo. O avô tinha uma propriedade na região do Arrozal, no município de Trindade, cidade da região metropolitana de Goiânia. Uma parte das terras foi repassada ao pai como herança que a trocou por um sítio no mesmo município. O lugar era usado como lazer pela família e também para produzir leite. Mas até então nunca foi a principal fonte de renda. Em 2006, Giuliano passou a cuidar da administração.
“Eu parei com o gado de leite e fui mexer com recria. Comprava bezerras, reproduzia e vendia em cerca de um ano e meio. Em seguida eu resolvi fazer a cria. Comprei touros e nos 97 hectares continuei a produção de cerca de 130 cabeças de gado”, explica Giuliano.
Mas o advogado e pecuarista queria aumentar o rebanho e vender em menos tempo. Em abril de 2018 resolveu participar de uma reunião no Sindicato Rural de Trindade. Foi lá que conheceu o Senar Mais, programa que leva Assistência Técnica e Gerencial ( ATeG) aos produtores.
“Tem 14 anos que eu administro o sítio. Quando surgiu a oportunidade de trabalhar com o Senar, eu fiquei muito interessado. Fiz a inscrição e recebi o técnico de corte Júlio Pietsch na minha propriedade. Aí passei a ter outra visão de produção e do que eu poderia fazer. Eu já tinha uma certa experiência mais precisava de muito mais. Ele foi me orientado para gastar menos e produzir mais”, relembra
Em julho de 2018, começou o projeto Senar Mais Carne, na propriedade. Nas primeiras visitas o técnico fez todo um levantamento para a execução.
“Nós achamos viável começar em sete hectares. Dividimos em 8 piquetes feitos, com cerca elétrica. Fizemos também uma área de lazer (local para colocar sal e água), além de um pasto reserva. Depois da análise do solo eu orientei o Giuliano a comprar um pluviômetro para acompanhar as chuvas e colocar o calcário na pastagem no momento correto. Não precisou fazer outro pasto, aproveitamos o capim Brachairão. Deixamos tudo pronto em meados de dezembro. No primeiro momento trabalhamos com 72 bezerros nos piquetes. Em junho, já garrotes, foram vendidos”, conta Júlio.
Agora o projeto está sendo repetido só que com bezerras, por melhor aceitação no mercado regional. “Antes desse projeto eu tinha muito problema de pasto na seca. Hoje sobra pasto no sistema rotacionado. Na pastagem convencional eu criava 130 cabeças na propriedade toda. Agora são 110 em sete hectares. Me sobram ainda 90 hectares, onde 50 estão alugados e me gera mais renda. O apoio do Senar foi fundamental para ter uma visão mais ampla de como a gente pode produzir mais, sem fazer muito investimento e ter mais rendimento na propriedade, principalmente de corte”, comemora o produtor
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Fotos: Fredox Carvalho