Os desafios e futuro do agronegócio em Goiás, foram abordados por José Mário Schreiner no Café com CBN

Presidente da FAEG falou entre vários assuntos, sobre tarifas americanas, endividamento, avanço tecnológico, formação profissional, sustentabilidade e expansão da produção no estado

A participação do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) e do Conselho Deliberativo do Sebrae Goiás, José Mário Schreiner, no Café com CBN, trouxe uma leitura ampla do momento do agronegócio. Ao falar com o apresentador Luz Geraldo sobre as tarifas americanas, explicou que Goiás não sofreu prejuízo maior. “Entre o anúncio da tarifa e o início da vigência, houve um volume muito grande de exportações. Os exportadores aproveitaram o momento e isso reduziu os impactos imediatos.”

Ele ainda reforçou que o mercado norte-americano não poderia sustentar a medida por muito tempo. “Os Estados Unidos estão com a menor produção histórica de carne. Eles dependem do Brasil. Não havia alternativa senão rever a tarifa.”

Na sequência, Schreiner tratou do endividamento rural e das dificuldades impostas pelos juros altos. “Juros de 20% ao ano são impagáveis. A inadimplência cresceu mais de dez vezes. Isso reduz competitividade e impede o produtor de reinvestir.”

Ele acrescentou que o problema tem origem na condução econômica nacional. “A raiz do problema é a gastança pública. Quando se arrecada 1 e se gasta 2, a conta não fecha. E quem paga essa conta é quem produz.”

Já sobre evolução tecnológica, ele citou a transformação da pecuária leiteira. “No torneio leiteiro de Horizona, há 32 anos, a vaca campeã produziu 9,3 litros por dia. Este ano, produziu 126 litros. Isso é genética, tecnologia e planejamento.”

Schreiner também destacou a necessidade de fortalecer a participação social e a formação cidadã dos jovens do meio rural. “É extremamente importante desenvolver nas pessoas o hábito de participar: participar de uma associação, do seu núcleo religioso, da família e também da política local. Com isso, estamos plantando o futuro.”

O presidente ainda destacou a necessidade de o mundo conhecer melhor a realidade produtiva e ambiental do Brasil. “Muitos não sabem que 65% do Brasil ainda é mata nativa. Não sabem que cultivamos apenas 8% do território brasileiro e produzimos 320 milhões de toneladas”.

Ao falar sobre crescimento, José Mário lembrou o salto da produção estadual. “Goiás nunca parou de crescer. Em 2000, produzíamos 6 ou 7 milhões de toneladas. Hoje estamos em 33 milhões. É algo fantástico. Goiás tem condições reais de se tornar o segundo maior produtor agrícola do país. Com planejamento, infraestrutura, tecnologia, educação e participação comunitária, o futuro é extremamente promissor.”

Ouça a participação: Programa Café com CBN.

O superintendente do Senar Goiás, Dirceu Borges, e o diretor de TI, Pedro Camilo, também foram entrevistados nesta edição.

Comunicação Sistema Faeg/Senar

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