Por que muitas flores dos cajueiros não vingam? O Senar responde.

O Pierre Ângelo, morador de Goiânia, tem um pé de caju na porta de casa. Todos os anos ele fica carregado, mas boa parte das flores cai e os frutos que nascem não se desenvolvem bem, ficando em parte secos. Ele pede orientação sobre o que fazer para as flores vingarem e para que os cajus sejam saudáveis?

É de fato que o cajueiro (Anacardium occidentale L.) é uma planta tropical, originária do Brasil e dispersa em quase todo o território. Sabemos que a Região Nordeste, ocupa uma área plantada superior a 650 mil hectares, respondendo por mais de 95% da produção nacional, sendo os principais Estados são Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia os principais produtores.

Embora o cajueiro possa se desenvolver e produzir em regiões com precipitação anual acima de 600 mm e com estação seca de 4 a 5 meses, a irrigação permite maximizar a produtividade, aumentar o período de colheita e melhorar a qualidade do pedúnculo e da castanha.

Além desses fatores descritos, para entendermos sobre a dúvida da planta florescer e ter poucos frutos, devemos levar em consideração que o cajueiro em si é uma planta classificada como andromonóica, ou seja, o seu sistema reprodutivo é constituído por flores masculinas (estaminadas) e flores hermafroditas. A inflorescência é uma panícula contendo os dois tipos de flores em quantidades e proporções que variam muito, tanto entre plantas como entre panículas de uma mesma planta.

A importância do conhecimento sobre a distribuição dos dois tipos de flores na planta é importante, porque pode explicar muito do comportamento produtivo.
Resumindo, as plantas pouco produtivas apresentam poucas flores hermafroditas, o que causa a queda de frutos imaturos. Ataques de fungos e insetos, efeitos nutricionais e fatores como ventos fortes, também contribuem para isso. Já sobre o desenvolvimento em que parte da fruta seca, é um sintoma característico de ataques de pragas. Há duas diretamente ligada aos frutos: a traça da castanha e percevejos, sendo esse último o mais comum.

O ataque faz com que os frutos murchem e tornem-se pretos, podendo associar com a doença antracnose. O melhor diagnóstico é fazer o monitoramento e identificar a praga, iniciar o controle químico ou biológico com produtos certificados para o cajueiro.

Como dica para ser realizada antes da próxima florada, com o objetivo de fortalecer a mesma, se pode realizar uma adubação que pode ser química, utilizada nitrogênio e cloreto, tradicional 20-00-20. Outra opção é usar o esterco bovino, sendo cerca 10 litros por planta adulta, fazendo um coroamento e irrigando.

Resposta enviada pelo técnico de campo do Senar Goiás, Elisandro dos Santos

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