Produção de queijos, com apoio da assistência do Senar, ajuda casal a superar luto


Com fé, dedicação e muito trabalho, Marina e Arsênio transformaram os desafios da vida em um caso de sucesso. A nova fase da vida possibilitou a chegada de um novo filho

A família da produtora rural Marina Queiroz, do município de Castelândia, no sudoeste goiano, sempre trabalhou com a pecuária leiteira. Com o tempo, ela e o marido, Arsênio Júnior, perceberam a necessidade de agregar valor ao leite produzido na fazenda. Foi então que decidiram investir na fabricação de queijos. No início, chegaram a produzir até 11 variedades, mas, com o aumento da demanda, optaram por se dedicar ao queijo coalho e padronizar a produção.

Para estruturar melhor o negócio, o casal procurou ajuda do Senar Goiás, e essa parceria mudou completamente a trajetória da propriedade. “Em 2021, a gente viu que precisava regularizar, porque estávamos crescendo. Foi uma coisa de Deus. E aí entrou o Senar mais uma vez, e depois veio o Senar Mais Serviço, que foi todo o processo da regularização”, lembra Marina.

O leite utilizado na fabricação vem da própria fazenda, onde o casal cria gado Girolando. Atualmente, são 29 vacas em lactação, que recebem alimentação de qualidade. “Aqui a gente trabalha com o regime a pasto. Temos alguns lotes que recebem ração, outros proteinado e sal mineral”, explica Arsênio.

Com duas ordenhas diárias, a produção chega a cerca de 300 litros de leite por dia, que seguem para o tanque de resfriamento, passam por análise de acidez e, em seguida, são transferidos para o tanque de pasteurização. “Todo o processo é feito aqui: recebemos o leite, pasteurizamos e cozinhamos a massa do queijo”, detalha Marina.

A produção é totalmente familiar, e foi pensando em agilizar o trabalho que Marina desenvolveu um sistema para facilitar o corte e a formação dos espetinhos de queijo coalho. “A gente criou esse aparelho para conseguir padronizar. Hoje temos espetinhos com 15 centímetros de altura e 2,5 centímetros de espessura. Colocamos o queijo, fechamos com a tampa e inserimos o espeto de bambu. Conseguimos fazer 50 espetinhos de uma vez e depois realizamos o corte. É o processo mais manual que temos aqui, mas foi a forma que encontramos para garantir qualidade e padronização”, explica.

A conquista do selo de inspeção estadual foi um marco para a família. O reconhecimento possibilitou a ampliação do mercado e a regularização da produção, permitindo a venda em todo o estado de Goiás. Hoje, cerca de 170 clientes são atendidos com entregas semanais, especialmente nas regiões de Quirinópolis e Rio Verde.

Para alcançar esse resultado, o apoio do Senar Goiás foi fundamental, como destaca o técnico de agroindústria, Wandalas Castro, que acompanha a família: “Nós auxiliamos em todo o processo, desde o custo de produção até a distribuição, além da busca por novos parceiros. Essa certificação foi um grande feito: é a primeira queijaria da região a conquistar esse selo, o que abre portas e garante melhores preços.”

A história de superação do casal também emociona. Em 2019, o filho de nove anos foi diagnosticado com um câncer raro. Marina e Arsênio mudaram completamente a rotina para acompanhar o tratamento em Barretos, no interior de São Paulo. Infelizmente, o menino não resistiu à doença.

Em meio ao luto, os pais encontraram no trabalho uma forma de transformar a dor em propósito. “A Queijaria Santo Antônio é uma homenagem ao nosso filho. A gente já produzia leite na fazenda e, como uma forma de se ocupar, começamos a fazer os queijos. Foi a maneira que encontramos de superar aquele momento”, conta Marina emocionada.

E, agora, um novo capítulo enche a vida do casal de esperança. Marina está grávida novamente e realiza, mais uma vez, o grande sonho de ser mãe. “É um presente de Deus, um recomeço. A gente acredita que tudo tem um propósito e que a vida continua”, compartilha com alegria.

Na fazenda, nada é desperdiçado. O soro gerado na produção é armazenado em um container de mil litros e conduzido por canos até a área dos suínos, onde serve como insumo na nutrição animal. Além disso, o casal adota práticas de sustentabilidade e governança (ESG), com apoio do grupo Faeg Jovem de Castelândia. “A gente trabalha a questão ambiental, com reciclagem do lixo, transparência, bem-estar dos funcionários e dos animais. Temos uma demanda de crescimento e queremos colocar mais produtos no mercado, e para isso precisamos de apoio”, reforça Rita de Cássia, integrante do grupo.

Com fé, dedicação e muito trabalho, Marina e Arsênio transformaram uma história de dor em um caso de sucesso. E nesse caminho, o Senar Goiás esteve presente, apoiando, orientando e ajudando a transformar sonhos em realidade.

Comunicação Sistema Faeg/Senar

Áreas de atuação

Veja também

Com

Com o apoio do Senar Goiás, avicultura ganha protagonismo e se prepara para as festas de fim de ano

Atraso

Atraso no plantio da soja pode forçar migração para outras culturas na safrinha, diz Ifag

Capacitações

Capacitações do Senar Goiás contribuem para preservação ambiental

Imagem