O plantio da safra de verão 2013/14 ainda não terminou, mas a praga Helicoverpa armigera já começa a ameaçar as lavouras. Ataques a áreas de soja e milho recém-plantadas estão sendo relatadas à Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) por agricultores, em todas as principais regiões produtoras de Goiás.
Diante do nível de infestação, a entidade solicitou aos órgãos responsáveis em Goiás que seja decretado estado de emergência. De acordo com o presidente da Faeg, José Mário Schreiner, reconhecendo o estado de emergência, novas medidas de controle podem ser tomadas como, por exemplo, a importação de moléculas de defensivos agrícolas ainda não autorizados para o mercado brasileiro.
“Os produtos que temos, atualmente, no mercado não permitem um controle eficiente da praga. Pelo que estamos observando, o risco de infestação deste ano deve ser muito maior que o registrado no ciclo passado”, alerta José Mário.
Em Goiás, houve ataque da praga no ciclo passado, sobretudo na safrinha. Isso fez com que a Helicoverpa já estivesse presente nas áreas; fato comprovado pelo aparecimento precoce da lagarta nas áreas recém-plantadas. Na safra 2012/13, o Oeste da Bahia foi a região mais afetada pela praga, que causou prejuízos na ordem de R$ 1,5 bilhão aos produtores baianos.
Por meio do Decreto nº 8.133, de 28 de outubro de 2013, a Presidente da República deu autonomia ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para declaração das áreas de infestação da praga Helicoverpa como zonas de emergência fitossanitária.
Para isto, o estado deve comunicar ao MAPA a situação emergencial e junto a Agência de Defesa Sanitária encaminhar o pedido de Declaração de Emergência Fitossanitária. Os produtores goianos agora aguardam que o governo estadual solicite ao MAPA o estado de emergência. Bahia e Mato Grosso já fizeram a solicitação. O Ministério declarou o estado de emergência na Bahia.