Atualmente, as florestas plantadas no Brasil se estendem por cerca de 7,7 milhões de hectares plantados, concentrando um excedente de 1,7 milhões. Em Goiás, esta área corresponde a mais de 186 mil hectares de áreas plantadas, distribuídos em plantações de seringueiras, eucaliptos e pinus. Sabendo que Goiás tem se destacado entre os demais estados que compõem a federação, no que diz respeito à consolidação do setor de silvicultura, o grupo gestor da Silvicultura de Goiás, formado por entidades ligadas ao setor produtivo do estado, se reúne nos dias 12 e 13 de setembro, no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Goiás (Sebrae Goiás), em Goiânia (GO). O objetivo é avançar cada vez mais, estruturando a cadeia deste setor, com a criação de um ‘Planejamento Estratégico de Silvicultura de Goiás’, que busque organizar políticas para o fortalecimento desta cadeia produtiva.
Segundo o presidente da Comissão de Silvicultura da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e presidente da Comissão Nacional de Silvicultura e Agrossilvilcultura da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e também presidente da Câmara Setorial de Florestas Plantadas do Ministério Agricultura e Pecuária e Abastecimento (Mapa), Walter Rezende, o objetivo é fortalecer as políticas públicas de incentivo ao cultivo no estado, além da atração de investimentos e valorização dos produtores florestais provenientes desta importante atividade comercial. “Queremos organizar o setor, por isso, temos que planejar, elaborar estratégias, a fim de oferecer um resultado econômico e financeiro para esta atividade”, comenta.
Para Walter, o planejamento visa consolidar o que já foi feito para o setor, apresentando o que foi conquistado. Somente na área plantada de eucaliptos o estado possui um total de mais de 150 mil hectares de áreas plantadas. Entre os municípios que se destacam nesta produtividade estão Niquelândia (12,2 mil), Rio Verde (11,9 mil), Campo Alegre (8,9 mil) e Cristalina (8,1 mil). “Com este planejamento queremos fazer um trabalho em defesa do produtor, para que ele seja realmente remunerado”, diz.
De acordo com o grupo gestor, com todas estas informações consolidadas em um documento, espera-se, que haja maior investimento neste setor. Com o planejamento definido, seremos facilitadores, com informações sobre este setor dentro do estado. “Somos referência em termos de silvicultura. Portanto, estamos ocupando nosso espaço e organizando melhores informações sobre este setor. Queremos defender os direitos do produtor”, pontua o diretor técnico do Sebrae Goiás, Wanderson Portugal.
Texto: Juliana Barros
Foto: Larissa Melo