A fase de realizações dos projetos pedagógicos do Programa Angrinho está chegando ao fim. Até o dia 29 de setembro, as escolas participantes devem enviar ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás) os resultados dos trabalhos realizados durante todo o ano. Na última terça-feira (17) foi a vez da Escola Municipal Vicente Parreira da Silva dar início à programação final. Com um passeio ciclístico, os professores e alunos da instituição, saíram às ruas de Nilópolis, distrito de Cachoeira Dourada, para conscientizar os moradores da importância de economizar água.
Com o tema Escola Sustentável, os professores estão trabalhando com as crianças o tema sustentabilidade no dia-a-dia. De acordo com Ronildo José da Silva, professor e um dos dinamizadores do Programa Agrinho na entidade, o projeto Escola Sustentável, trabalha três vertentes diferentes que são voltadas aos alunos de acordo com as idades. “Estamos atuando com a Horta, Derivados da cana-de-açúcar e o Sementes do Amanhã, conscientizando, agindo e criando hábitos. Onde cada tema segue um caminho diferente.”
O projeto da horta é voltado para alunos do jardim ao segundo ano. Ronildo explica que nesse trabalho, os alunos estão desenvolvendo uma horta sustentável. “As próprias crianças fazem o serviço. Elas que fizeram os canteiros e plantaram as hortaliças e os legumes.” O objetivo, segundo ele, é perceber a importância de uma alimentação saudável.
E o resultado está sendo melhor que o esperado. Prova disso é a pequena Natália Barcelos Silva, de oito anos. Ela é estudante do segundo ano e conta que está adorando a ideia de poder produzir seu próprio alimento. “É muito legal. O que eu mais gostei foi de plantar a cenoura, alface, mandioca e abobrinha.” Alimentos que, a partir de agora, fazem parte do cardápio da pequena. “Estou aprendendo a comer o que estamos plantando. Estou gostando da ideia”, conta.
Com os derivados da cana-de-açúcar, os alunos do terceiro ao quinto ano, passaram a entender o valor dos alimentos extraídos a partir da cana e conheceram a questão histórica. Para isso os estudantes visitaram um engenho onde viram como é produzida a rapadura, o melaço entre outros. “Também fez parte da visita conhecer uma usina, onde conhecerem os processos para se produzir o álcool e o açúcar.”
Otávio Augusto Oliveira, de 10 anos, conta que descobriu com esse projeto como são feitos os produtos derivados da cana. “Achei muito interessante. Não imaginava o jeito como era feito o açúcar. Acredito que muitos não dão valor no trabalho dessas pessoas”, analisa ele. Otávio acrescenta que além de gostoso, os alimentos da cana são muito nutritivos.
Já os alunos do sexto ao nono ano fazem parte do projeto Sementes do amanhã, conscientizando, agindo e criando hábitos. Nesse tema os alunos se tornam comunicadores, aonde vão levar à comunidade conscientização da mudança simples de alguns hábitos. “São exemplos, o descarte correto dos lixos, a reutilização de garrafas plásticas, o uso correto da água, entre outras atitudes que tornam a vida melhor e mais sustentável”, explica Ronildo.
O aluno Guilherme Bernardino Caldeira, de 15 anos, é um dos alunos do Sementes do amanhã. Ele conta que a ideia de reutilizar é muito boa e deve ser disseminada por todos. “É muito bom fazer parte desse programa. Toda a população deveria entender a importância da sustentabilidade e levar para a sua rotina”, diz.
Programa
Com o tema Responsabilidade Social e Meio Ambiente, o Agrinho este ano espera alcançar 1,2 mil escolas, totalizando 650 mil alunos participando da ação. As inscrições dos trabalhos serão entre os dias 02 a 29 de setembro. A coordenadora do Programa Agrinho, Maria Luiza Bretas, conta que a premiação será igual ao ano passado. “Em vez de premiados os cinco primeiros colocados de cada categoria, receberão prêmios os autores dos melhores projetos das oito macrorregiões do Estado.”