A safra 2020/21 começa com excelentes perspectivas de mercado e a possibilidade de cerca de 70% da produção já comprometida com a comercialização, estima o consultores em agronegócio.
As vendas da nova safra estão muito adiantadas, se aproximando dos 55%. Em regiões como Mato Grosso, Goiás e MATOPIBA, por exemplo, os índices já chegam a 60%. Dessa forma, os produtores de áreas que colhem mais cedo - até mesmo em janeiro - chegarão a um mercado esvaziado, com prêmios bastante elevados e que poderão estimular a venda. Estima-se para março, um percentual da safra vendida ainda maior e um segundo semestre de 2021, mais uma vez, de escassez.
A vantagem cambial e prêmios altos, inclusive, já são esperados também para o início do próximo ano, complementando o ambiente favorável para a comercialização além da demanda muito aquecida. A China vem concentrando boa parte de suas compras da oleaginosa nos Estados Unidos neste momento, dada a oferta escassa no Brasil neste momento. E há tendência é de que a nação asiática se volte ao mercado brasileiro na medida em que a produção da nova temporada comece a se mostrar disponível.
Se os preços estarão mais altos do que hoje dependerá de onde estará o câmbio. E assim como se deu em 2020, a força da demanda interna também dará impulso às cotações em 2021. A busca pelo farelo de soja pelo setor de proteínas deve seguir bastante aquecida, bem como pelo óleo no setor de biodiesel, onde a mistura de óleo de soja no óleo diesel pode chegar aos 13%. 2021 começará com o mercado vazio de soja e vai terminar com estoques muito apertados , diz.
Safra 2019/20
Sobre o restante da safra 2019/20, o mercado é muito demandado e as origens continuam colocando preço no produto, que é um insumo muito raro . Por isso, as indústrias seguem demandando e se posicionando até dezembro sabendo da dura escassez do mercado. Na semana, as ofertas de preço por parte das indústrias processadoras chegaram a superar os R$ 140,00 por saca.
Texto notícias agrícolas / adaptado