Luiz José Machado, proprietário da chácara Nova Esperança - a Unidade Demonstrativa de Itarumã – recebeu cerca de 600 pessoas para o 6º Dia de Campo Goiás Mais Leite no último sábado (16). Desde 2013 ele utiliza a metodologia Balde Cheio e comemora os bons ventos que eleva os lucros com a otimização da produção.
Como todos os Dias de Campo, organizados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) Goiás, com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e dos Sindicatos Rurais (SRs), o evento que aconteceu na chácara Nova Esperança contou com a participação de parceiros que apresentaram aos visitantes novidades que prometem melhorar ainda mais a produtividade de quem tira o sustento do leite. Estiveram presentes representantes da Heringer Fertilizantes, da Agroquima, da Syngenta e da Dow AgroSciences.
Sendo assim, além de caminhar pela propriedade e ver de perto as mudanças sofridas pela propriedade e assistirem a palestras que apresentaram o antes e o depois em números, da chácara de Luiz José, os visitantes também puderam conhecer produtos e tirar dúvidas sobre a forma correta de manejar a pastagem, adubar o solo, alimentar os bezerros, produzir uma silagem de qualidade e aplicar defensivos agrícolas.
Da água para o vinho
Para apresentar a chácara Nova Esperança aos visitantes ninguém melhor do que Raí Valle de Souza, o técnico regional que acompanha Luiz José desde 2012. A primeira visita oficial de Raí ao proprietário foi em janeiro de 2013, quando Luiz tinha 16 animais – sendo 14 em lactação – e tirava 190 litros de leite por dia. “Ele ganhava no período das águas e perdia tudo no período da seca”, conta Raí ao falar do alto investimento que Luiz fazia em pastagem.
Hoje são 26 animais – sendo 18 em lactação – e Luiz retira 410 litros/dia. As medidas da propriedade não mudaram: a área total é de 4.9 hectares, sendo que 4.1 são utilizados para o leite e 0.8 são para reserva. Luiz fez a análise e a correção do solo, além das adubações de base, orgânica e nitrogenada, a compra de um tanque de expansão, silo para armazenagem de concentrado e quadro reprodutivo.
Além disso, seguiu à risca os requisitos exigidos pelo Senar Goiás: faz exames de brucelose e tuberculose em todos os animais da propriedade, deixou o local aberto à visitação, cumpriu com o combinado junto ao técnico e não deu ouvidos aos conselhos desanimadores de vizinhos e parentes.
Goiás Mais Leite
O superintendente do Senar Goiás, Eurípedes Bassamurfo, apresentou um estado leiteiro com alto capital imobilizado em terras, baixo percentual de animais em lactação, ausência de controle zootécnico, falta de assistência técnica e baixa sucessão familiar. Em contrapartida, animando os presentes, Eurípedes falou sobre as metas do Balde Cheio. “Em 2010 eram 03 grupos – com 23 produtores – assistidos. Hoje são 55 grupos e 700 produtores. A nossa meta são 77 grupos e 1.000 (mil) produtores assistidos”, afirmou.
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