Os participantes da Campus Party aproveitaram a sexta-feira, 6, para conferir o Agro Day.
Movimentado por palestras, apresentações e
workshops na Área Open e Arena, os cenários foram voltados à tecnologia que
revoluciona o agro tanto goiano, brasileiro e mundial. No Painel Embrapa, a
discussão potencializou informações sobre o sistema de inovação do leite e
foram citados o Vacathon, que é a Campus Party do leite. Este evento tem como
objetivo auxiliar e orientar os alunos iniciando com palestras. E a Ideas for
Milk cujo objetivo é impulsionar o desenvolvimento do ecossistema de inovação
deste setor para a economia. Já no palco Entrepreneurship da #CPGOIAS, o Prof.
Francisco Calaça deu uma aula que se iniciou com a Indústria 1.0 e relatos de
mecanização, tear, força a vapor até a Indústria 4.0 que concentra dados,
conectividade e sistemas cibernéticos. "Antes o agro era manual com a
utilização da enxada. Algumas propriedades ainda utilizam. Mas hoje podemos
contar com colheitadeiras da atualidade, " contou. Para ele, a introdução
da Inteligência Artificial no agronegócio veio para transformar para melhor.
"As máquinas são fundamentais para a produção agrícola. A automação está
chegando no campo. A colheitadeira está sem motorista, " citou. Os pilares
disso tudo são: a Internet das Coisas, a Big Data e a Inteligência Artificial.
"Há dez anos só rico usava GPS e era pouco acessível. Podemos utilizar os
dados que serão produzidos para 2020 para descobrir falha no manejo, pragas e
doenças," explicou.
Calaça explicou aos presentes que algumas coisas feitas manualmente no agro agora devem acompanhar a digitalização do processo. "Antes você ia à biblioteca mais próxima pesquisar algo. Hoje temos o acesso no celular, " disse. Para ele existe uma democratização das tecnologias, que o agro consegue se estruturar através dos dados e produzir mais. "Os dados são o novo petróleo. Com mais dados, menos desperdiço e a produção fica mais assertiva, " ressaltou o professor. A dinâmica é que com os dados disponíveis o processamento deles fica melhor para a tomada de decisões. O último workshop contou com a participação do coordenador técnico do Ifag, Fernando Borges apresentando o Sistema Faeg Senar/ Ifag/ Sindicatos Rurais. Intitulado como "Desmistificando o Agro", a plateia de 60 pessoas discutiu sobre os mitos do agro. "O uso da água na produção rural relacionado à produção é um exemplo. A irrigação não interfere no meio urbano," disse Borges. As barragens foram apontadas como algo positivo até pelo período seco pois retém a água no Cerrado. "Os defensivos agrícolas se utilizados de forma correta não fazem mal, "explicou ele. Outros mitos relatados foram sobre o desmatamento. "Tiramos da conta do produtor rural, " disse. Filhos de produtores estiveram presentes e defenderam o agro. Borges ainda ressaltou que a agricultura familiar e patronal são importantes, complementares e têm sua contribuição. Ele explicou também sobre a questão dos alimentos orgânicos e convencionais respondendo as dúvidas dos participantes.
Comunicação Sistema Faeg Senar