Mariana Lourenço, de Anápolis
A Exposição Agropecuária de Anápolis, que teve início na última terça-feira (22) começou com um café da manhã para autoridades e imprensa. Na ocasião o Secretário de Cidadania e Trabalho, Francisco de Assis Peixoto, o diretor de Agronegócio do Sindicato Rural, Randerson Aguiar e o Gestor de Projetos do Sebrae, George Gustavo Toledo ressaltaram a importância das parcerias que são formadas em prol de projetos, eventos e serviços para a população.
Entre as atividades programadas na 59ª edição da ExpoAna está o 3º encontro de AgroNegócios, este ano com uma novidade, a 1ª Rodada de Negócios. O Banco do Brasil vai disponibilizar R$ 15 milhões em linhas de crédito para os produtores rurais de qualquer região. O agricultor vai contar com uma equipe do Sebrae que estará no estande para prestar consultoria técnica gerencial.
Além disso, poderá assistir a palestras técnicas do Senar Goiás sobre piscicultura, equoterapia, pecuária lucrativa, agricultura urbana, empreendedorismo feminino e produção do leite no estande da Faeg.
Para Randerson Aguiar, hoje em dia a ação no meio rural alia, de maneira acessível e inovadora, os serviços de assistência, técnica, extensão rural e a disponibilidade de recursos, para que as famílias possam desenvolver projetos de estruturação produtiva. “O produtor rural tem uma assistência que não só elabora o projeto, mas que participa do processo e orienta. Nosso objetivo com o 3º Encontro do AgroNegócio não é apenas voltada ao fomento, temos uma responsabilidade social, queremos instruir o produtor sobre todas as possibilidades que ele tem, sobre os programas do governo, e o desenvolvimento rural” destaca Randerson Aguiar.
Estudos que relacionam o crescimento econômico e transformações setoriais enfatizam tendência e declínio da participação da agricultura no PIB, a redução da proporção do emprego agrícola sobre o total e crescente ênfase ao conjunto do agronegócio, em suas cadeias produtivas, constituindo traços da experiência do crescimento em diversos países.
A agricultura brasileira que em 1949 representava 23% do PIB, passou, em 1970, a 10% e em 2000, foi estimada em 7%; neste último, a indústria representou 31% e os serviços, 52%. Do pessoal total ocupado, em 1940, 11 milhões (28,2% da população total), em 1970, 17,6 milhões (18,9%) e em 1998, 13,7 (8,4%) milhões evidenciam a tendência de declínio do emprego agrícola e do crescimento do produto explicado por ganhos de produtividade da terra e dos bens de capital, da crescente especialização do capital humano envolvido (instrumentação, maquinário, etc.).
Importância econômica
Em Goiás não se questiona a importância do setor de agronegócios, de produtor de matérias primas, a uma crescente incorporação de tecnologias aos diversos processos de produção e logística que contribuem para o crescimento acelerado da economia estadual. “Ao se revisar a composição do PIB incorporando o conceito de cadeia produtiva, os diversos elos, da produção primária, seus fornecedores, ao processamento e distribuição de alimentos e fibras se constata parcela relevante dos serviços e a indústria predominantemente vinculada a esse setor. O desenvolvimento brasileiro e, sobretudo goiano, passam pelo fortalecimento do agronegócio,” afirma Randerson.
A sustentabilidade da expansão do setor de agronegócios, em Goiás, cada vez mais explicitada na mídia, está intimamente ligada a novas formas de adaptação aos diversos mercados. “Antes de tudo é preciso evidenciar esse direcionamento necessário do setor que se especializa, assim como todos os agentes atuando nas diversas instâncias da cadeia produtiva,” explica o diretor de Agronegócio.
De acordo com Randerson uma orientação efetiva para o mercado, atendimento a demandas específicas e localizadas, além da observância das oportunidades que se abrem, muitas vezes conjunturais e profundamente associados a riscos de clima e de preço, além da competitividade de custos, expressa em vantagens comparativas regionais, uso de tecnologias apropriadas e monitoramento contínuo de informações são processos estratégicos para o sucesso do agronegócio.