Isenção para compra de cereal de fora do Mercosul terminou nesta quarta-feira, 31; entidade defende que medida é importante para dar alternativas ao setor de carnes
O governo federal havia reduzido a Tarifa Externa Comum (TEC) para importação de milho de fora do Mercosul. Porém, o benefício terminou nesta quarta-feira, 31. Em nota ao Canal Rural, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informa que solicitará nova redução.
A entidade diz ter conversado com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre o assunto. Segundo a ABPA, foi garantido por essas autoridades que há oferta de insumos em território brasileiro suficiente para a demanda interna e para as exportações.
“Ao mesmo tempo, é importante contar com a alternativa de fornecimento externo, ampliando o acesso a outras fontes de grãos, reduzindo as disparidades que existem entre as facilidades para exportar insumos e as dificuldades impostas para a importação”, frisa a associação.
Vai faltar milho?
A oferta de milho no Brasil está bastante justa, o que tem levado as cotações do cereal a bater recordes e espremer as margens do setor de proteína animal. Além disso, com o atraso no plantio da segunda safra, entidades temem que a produção possa sofrer quebras por conta do clima, complicando ainda mais a situação.
Este mês, a ABPA vem reforçando que a indústria e os produtores precisam de alternativas ao milho. Uma das possibilidades é incentivar o cultivo de cereais de inverno que possam ser usados na ração dos animais.
Além disso, o presidente da associação, Ricardo Santin, diz que a cadeia de carnes precisa de maior capacidade de armazenamento de grãos para garantir fornecimento de milho a um custo razoável. “O setor precisa de mais armazenagem, para o produtor (de carnes), construir mais armazéns para a integradora, para que possa se adiantar (na aquisição de milho) e ter mais estabilidade”, argumenta.
Na área de financiamentos para investimentos, as entidades propõem que o Ministério da Agricultura busque a gestão de novas linhas de crédito.
Fonte: Canal Rural