Divulgado hoje pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo, utilizado para medir a inflação, registrou alta de 0,86% em fevereiro. O resultado é o maior para o mês desde 2016 e superior ao de janeiro, cujo aumento havia sido de 0,25%. No ano, o indicador acumula alta de 1,11% e, em 12 meses, de 4,20%. Em fevereiro de 2020, a variação havia sido de 0,25%.
.Dentre os nove grupos que compõem a cesta de bens do índice, a maior contribuição para a inflação de fevereiro veio do grupo de Transportes, que registrou alta de 2,28%. Já o grupo Alimentação e bebidas, que registrou alta de 0,27%, desacelerou frente a janeiro, quando havia subido 1,02%. Ambos são os principais grupos concernentes ao agro.
O grupo Alimentação e bebidas (+0,27%) desacelerou pelo terceiro mês consecutivo. Em novembro, dezembro e janeiro, as taxas haviam sido de +2,54%, +1,74% e +1,02%, respectivamente. Contribuíram para essa desaceleração as quedas da batata-inglesa (-14,70%), do tomate (-8,55%), do leite longa vida (-3,30%), do óleo de soja (-3,15%) e do arroz (-1,52%). Por outro lado, os preços da cebola (15,59%) seguem em alta e as carnes, que haviam apresentado queda de -0,08% em janeiro, subiram +1,72% em fevereiro..
No caso do leite longa vida, o recuo se dá pela época de chuvas, sazonalidade que disponibiliza uma maior oferta de leite no campo. O arroz, cujas altas chamaram a atenção em 2020, voltou ao menor patamar de preços dos últimos seis meses devido ao início da colheita, o que também aumenta a oferta dos grãos no mercado. Outro produto a ter os preços impactados pelo início da colheita foi óleo de soja. Quanto às carnes, cujos preços são altamente atrelados ao câmbio, seguem firmes.
O resultado dos Transportes (+2,28%) foi influenciado pela alta nos preços dos combustíveis (+7,09%). A gasolina (+7,11%), individualmente, contribuiu com cerca de 42% do índice do mês. Além disso, os preços do etanol (+8,06%), do óleo diesel (+5,40%) e do gás veicular (+0,69%) também subiram. Com os resultados de fevereiro, o item combustíveis acumula alta de 28,44% nos últimos 9 meses.
Fonte: Sistema Faeg Senar Ifag