Aneel suspende reajustes até definição de medidas de redução tarifária

Imagem

Uso de créditos tributários, redução de repasses a transmissoras e suspensão temporária de pagamento a Itaipu estão entre as ações em estudo

A Agência Nacional de Energia Elétrica decidiu prorrogar a vigência das tarifas das distribuidoras CPFL Paulista, Energisa Mato Grosso e Energisa Mato Grosso do Sul, até a definição de medidas em estudo para conter a escalada tarifária em 2021. As concessionárias teriam suas tarifas reajustadas na próxima quinta-feira, 8 de abril, mas os processos foram suspensos nesta terça-feira, 6, e deverão ser retomados na reunião da Aneel do dia 13 ou na do dia 20 de abril, segundo previsão do diretor-geral da autarquia, André Pepitone.

Entre as medidas em estudo pela Aneel estão a alteração nos montantes a serem repassados pelas distribuidoras às transmissoras como indenização de ativos da Rede Básica de Sistemas Existentes (RBSE); o uso de créditos de PIS/Pasep e da Cofins que as distribuidoras tem junto à Receita Federal para abatimento da tarifa; a incorporação imediata de receitas não destinadas à modicidade tarifária (migração de consumidores, encerramento contratual antecipado, ultrapassagem de demanda, excedente de reativos); suspensão temporária de valores a serem pagos pelas distribuidoras a Itaipu Binacional e diferimento (suspensão) de Parcela B (custos operacionais, remuneração das empresas) por parte da distribuidoras.

A agência reguladora reconhece que há uma grande pressão tarifária e afirma que tem trabalhado na avaliação das alternativas possíveis para reduzir o peso dos reajustes desse ano para o consumidor, tendo em vista o agravamento dos efeitos da pandemia do coronavírus.

Várias medidas foram adotadas em 2020 também para mitigar os impactos da pandemia e garantir a sustentabilidade econômico-financeira do setor. Entre elas, o aporte de R$ 900 milhões do Tesouro Nacional para cobrir a isenção temporária do pagamento da conta de energia por beneficiários da tarifa social de baixa renda; a operação de crédito de R$ 15,3 bilhões da Conta-Covid e as medidas de redução tarifária para os consumidores da região Norte.

Com isso, o aumento médio das tarifas das distribuidoras no ano passado ficou em 3,6%, contra 1,67% de 2019 e 15% em média de 2018. Um ano depois da decretação do estado de calamidade pública, as tarifas de energia elétrica permanecem pressionadas por reduções no consumo e na arrecadação das distribuidoras; desvalorização do real frente ao dólar, que tem pressionado a energia de Itaipu; o aumento do Índice Geral de Preços do Mercado e o agravamento das condições hídricas, que tem forçado o uso de usinas termelétricas mais caras.

Fonte: Agência Canal Energia


Áreas de atuação

Veja também

Hub

Notícias

Hub Campo Lab fortalece parceria com startups em missão técnica na Fazenda Reunidas Baumgart

Produtores

Produtores rurais devem consultar credenciamento de empresas na Sefaz para evitar autuações

Pecuaristas

Pecuaristas de leite de Caldas Novas aumentam produção em 24% com ATeG

Imagem