Atraso no início das chuvas, aumento do valor dos combustíveis e a transição do gado confinado para o pasto. Estas são apenas algumas das preocupações listadas pela Comissão de Pecuária de Leite da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), que se reuniu, na tarde desta terça-feira (12), na sede da entidade, para debater os problemas a serem enfrentados pela cadeia produtiva de leite no Estado. O objetivo maior é garantir investimentos para a safra de 2014 com estabilidade de preços do leite.
Com o início das chuvas, os produtores estão investindo em adubação de pasto e aumentando a empregabilidade. De acordo com a Comissão, para manter a produção estável é preciso ampliar a mão de obra temporária em até 100%. Além disso, o atraso das chuvas fez com que os rebanhos ficassem mais tempo confinados.
A Comissão entende que, neste momento, o mais importante é garantir estabilidade de preços e relações entre todos os elos da cadeia produtiva. Caso contrário, é possível que os produtores precisem diminuir a produção e contratar menos trabalhadores, a fim de reduzir custos.
Maurício Negreiros, produtor no município de Porangatu afirma que os produtores também estão apreensivos por conta dos aumentos dos combustíveis e o efeito cascata que podem gerar sobre todos os custos de insumos. O plantio da lavoura vai garantir a safra de leite de 2014.
“A indústria do leite está nos pressionando no sentido de baixar artificialmente os preços pagos ao produtor. A justificativa dada é de que a chuva fez com que a oferta aumentasse. Isso não é verdade, demora pelo menos 30 dias para regularizar o ciclo do capim. Ainda não deu tempo”, completa.