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Comissão debate burocracia na liberação de crédito rural

Maurício Velloso falou sobre a importância do papel da Faeg. Foto Larissa MeloLaryssa Carvalho
O excesso de burocracia na liberação de crédito rural foi um dos temas do encontro entre pecuaristas e representantes do setor que se reuniram durante a Conferência Internacional de Confinadores 2015, Interconf. A reunião foi organizada pela Comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e também foi palco de discussões sobre outros pontos que vêm preocupando, e muito, os criadores goianos, como a necessidade da criação de um grupo regional que atenda demandas ligadas à sanidade animal, e a urgência de conscientizar os produtores sobre a forma correta de vacinar o rebanho. O evento aconteceu nesta segunda-feira (14) no hotel Oliveira’s Place, em Goiânia.

Sobre o crédito rural os pecuaristas não hesitaram em expor os diversos problemas para a obtenção efetiva do dinheiro. “A pecuária é um setor que precisa desse crédito. Nós precisamos sim da modernização da nossa produção, e não ter acesso efetivo ao dinheiro é prejudicial não somente ao produtor, mas também a todos os elos da cadeia produtiva. Então, procurar o banco e encontrar exigências absurdas é uma forma de menosprezar o setor e com isso prejudicar algo que tem uma potencialidade imensa”, enfatiza Roberto Nasser, pecuarista no município de Caiapônia.

Para o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Faeg, Maurício Velloso, existe uma possível solução para esse empasse. “Nós temos que realinhar, cada vez mais, nosso discurso com as superintendências regionais, ou seja, nos aproximar e apresentar esses gargalos em busca de soluções ou ao menos caminhos. É inquestionável a existência da burocracia excessiva, e de exigências muitas vezes absurdas que só prejudicam o produtor e o setor”, pontua.

Um dos mais novos participantes da reunião Túlio Bento 19 anos perguntou sobre a efetiva participação nos processos. Foto Larissa MeloSanidade animal
Também na pauta, questões relativas à sanidade animal foram bastante discutidas durante o encontro. Para a veterinária e também pecuarista Lígia Louredo, mais importante que a compreensão por parte do proprietário sobre o verdadeiro significado da vacinação conta aftosa, é o repasse do conhecimento adequado à todos os envolvidos da cadeia produtiva. “Não basta que somente o produtor saiba a forma correta da aplicação, por exemplo, ou que somente ele conheça os meios de armazenar corretamente a vacina. É necessário repassar essa forma correta aos funcionários. Informar, seja por meio de vídeo ou até mesmo um minicurso na propriedade, quais são as formas corretas que envolvem a vacinação. Desde aplicação até o armazenamento”, destaca a pecuarista.

Um dos mais novos participantes da reunião, Túlio Bento, de 19 anos, que acompanhava o pai, ambos da região de Cromínia, fez uma pergunta pertinente. “Como, na prática, podemos abordar todos os envolvidos no processo? ”. Em resposta ao rapaz, que mostrou que a preocupação está em todas as gerações envolvidas com o setor no estado e também todos os elos do setor produtivo, Mauricio Velloso apontou a orientação como saída mais eficiente. “É nisso que nós da Federação temos investido. Medidas que possam orientar e que fama todos entenderem que a vacinação não é apenas para cumprir uma norma, mas sim, uma medida importante de proteção”.

Segundo Christiane Rossi a Federação tem a intenção de criar um grupo voltado para a sanidade animal. Foto Larissa Melo

Segundo a assessora técnica para área de pecuária de corte da Faeg, Christiane Rossi, a Federação tem a intenção de criar um grupo no estado para debater questões de sanidade animal. “Nós temos a intenção de criar um grupo, onde serão definidas estratégias que visam atender as demandas ligadas à educação sanitária e orientar corretamente todos sobre essas medidas”, expõe Rossi.

JJZ
Por fim, foi debatido a delicada situação do grupo JJZ que tem deixado muitos pecuaristas de cabelo em pé. Com valores de dívidas considerados altos a serem pagos pelo grupo, os pecuaristas alegaram que irão procurar, nos meios jurídicos, uma possível solução. Maurício Velloso, aproveitou a deixa e destacou. “Nós da Federação deixamos claro que aqueles pecuaristas que não foram pagos e que não sabem como lidar com essa situação deliciada, que nos procure, por que nós podemos contribuir sim, como interlocutores e auxiliá-los de forma permanente e metódica”, pontuou.

Interconf
Realizado pela Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), o Interconf tem como objetivo fomentar o uso de sistemas intensivos de produção para bovinos de corte além de transferir conhecimentos sobre novas tecnologias, técnicas produtivas e de gerenciamento aos produtores rurais. O evento pretende também apresentar propostas de melhoria para a cadeia produtiva da carne bovina por meio de debates entre fornecedores de insumos, produtores, indústria e varejo, oferecendo um ambiente favorável para a realização de negócios entre todos os elos da cadeia produtiva.

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