Assessoria de Comunicação Faeg e Agrodefesa
De olho na representatividade econômica de um estado cujo rebanho bovino é o 3º maior do Brasil, a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) recebeu na sede da entidade o presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), Arthur Toledo. O objetivo foi debater os impactos positivos, para o produtor e seu rebanho, da vacinação contra a febre aftosa. O tema foi pauta do 12º Sistema Faeg Senar Interage, que aconteceu na última sexta-feira (13), e que deu luz à necessidade dos cuidados com a sanidade animal.
Com cerca de 22 milhões de cabeças, Goiás ocupa hoje a terceira posição a nível nacional em relação ao tamanho do rebanho bovino, o que comprova a importância goiana para a economia nacional. Na ocasião ainda foram debatidos o Cartão Rural da Agrodefesa, utilizado para emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), e a necessidade da atualização do cadastro do produtor junto a entidade. Completando o time da discussão, a assessora técnica da Faeg para a área de Pecuária de Corte, Christiane Rossi, e o gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Antônio Amaral Leal.
Arthur lembrou que no último sábado (7) foi lançada a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa em Goiás, ratificando que o último foco de febre aftosa ocorreu há vinte anos e que o estado é considerado zona livre internacional da doença há quinze anos. Nessa segunda etapa serão imunizados apenas dos bovinos e bubalinos com menos de 24 meses, o que representa aproximadamente 10 milhões de bovídeos.
Aqueles pecuaristas que não entregarem a declaração de vacinação, mas mesmo assim realizarem a atividade, serão autuados e pagarão uma multa de R$ 60 por propriedade. Já os que realmente ficarem sem vacinar o rebanho nesta etapa, devem pagar uma multa no valor de R$ 7 por cabeça. Estes recebem uma equipe da Agrodefesa que acompanha a vacinação. É a chamada vacinação assistida. Caso o criador seja reincidente, a multa fixa é de R$ 120 por não declaração da vacinação e paga-se por cabeça o valor de R$ 14 por não vacinação. Nos últimos cinco anos, Goiás se manteve entre os estados com maior índice de vacinação.
O pecuarista que não imunizar seus animais terá que fazer a vacinação assistida por fiscais da Agrodefesa, além de ser autuado em R$ 7.00 por animal, ou R$ 14,00 em caso de reincidência, além de ter sua propriedade interditada. Merece atenção especial a observância do período de carência da vacina, pois durante a campanha, a movimentação de qualquer animal exige que o mesmo esteja imunizado a pelo menos 15 dias, se primovacinado, ou 7 dias nos demais casos. Durante a etapa só serão emitidas Guias de Transporte Animal (GTA) entre propriedades com Declaração de Vacinação já lançada, ou para animais destinados ao abate.
A aquisição das vacinas pelo produtor, obrigatoriamente, deve estar acobertadas por Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), emitida no ato de retirada do medicamento. A Portaria nº 960/2015, que regula a 2ª etapa anual de vacinação proíbe a realização de leilões virtuais ou presenciais de bovino e bubalinos no período de 1º a 7 de novembro, tendo em vista o período de carência da vacina. Também fica proibida nesse período, a presença de bovinos e bubalinos em feiras agropecuárias em todo o Estado. Após esse prazo, a entrada de animais nesses eventos se fará mediante comprovação de vacinação e a devida observância dos prazos de carência.
Análise de mercado
Durante a manhã, técnicos da Faeg e do Senar Goiás, discutiram também sobre os mercados da soja, do milho e do boi gordo. Quem não conseguiu acompanhar em tempo real, pode assistir o Interage abaixo:
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