Michelle Rabelo e Nayara Pereira
Discutir o vazio sanitário é indispensável para que muitos produtores rurais saibam a importância, ambiental e econômica, de não se plantar em períodos específicos. Seja do feijão, da soja ou do algodão, o vazio deve ser respeitado, e por hipótese alguma plantas vivas podem ser encontradas nas lavouras dessas culturas. Pensando na necessidade de se discutir esse tema, a Faeg debate, nesta sexta-feira (16), a determinação do vazio por parte da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa). Trata-se de mais uma edição do Sistema Faeg Senar Interage.
Juntamente com a parte legal, os possíveis prejuízos econômicos trazidos pela ferrugem na soja, a mosca branca no feijão e as pragas específicas da cultura do algodão, compõem a lista de discussões da 8ª edição da iniciativa, que pretende encurtar a distância entre Faeg e produtor rural. Durante cerca de 30 minutos, serão apresentadas formas de como o produtor deve se preparar e seguir o período certo do vazio. Na pauta, também serão apresentados modelos de outros estados que também utilizam o vazio sanitário.
No foco: a soja
Com a ideia, a princípio, de evitar a ampliação da “ponte verde” para a sobrevivência de fungos e diminuir o uso de defensivos, reduzindo a chance de perda de eficiência dos produtos, o vazio sanitário da soja vem sendo tema constante de várias reuniões na Faeg. Ponto alto dos questionamentos por parte dos produtores, a proteção de Goiás em relação a outros estados, devido à divisa territorial, é uma das maiores preocupações de quem planta a soja. No Mato Grosso, o período de vazio termina em 15 de setembro; no Mato Grosso do Sul inicia em 15 de junho e se estende até 15 de setembro e na Bahia vai de 15 de agosto a 15 de outubro.
No foco: o feijão
Desde que a vazio sanitário do feijão foi oficialmente decretado no estado, conflitos de opiniões sobre o período de “recesso” de plantação do grão vem movimentando as reuniões da Faeg, que tratam do tema. Durante um dos últimos encontros na entidade, produtores do sul e sudoeste pediram o fim do vazio em suas respectivas regiões, que diferente do ocorrido ao norte do estado, não tem surtido os efeitos esperados. A justificativa é que cada região do estado possui condições climáticas e produtivas diversas, sofrendo em diferentes graus com as pragas e doenças da cultura.
Análises de mercado
Para finalizar a manhã, assessores técnicos e consultores da Faeg e do Senar Goiás, discutirão sobre os mercados da soja, do milho, do boi gordo e de fertilizantes e defensivos. Quem acompanhar, em tempo real, o novo canal de contato entre Federação, Senar Goiás e produtores rurais, estudantes, profissionais da área e toda a sociedade, poderá participar via chat. As perguntas poderão ainda ser enviadas antecipadamente. Participe! Esperamos vocês para interagir: http://bit.ly/1hIJ6nc