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Comissões de grãos e crédito rural fazem balanço do setor

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CristianoMurillo Soares

Dentre a programação da 15ª edição da Tecnoshow Comigo, o estande da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) foi palco de reunião da Comissão de Cereais, Fibras e Oleaginosas e também da Comissão de Crédito Rural da entidade. Produtores ouviram e discutiram temas polêmicos e pontas soltas que vem sendo discutidas desde os últimos encontros deles em 2015. Representantes da Associação de Produtores de Soja de Goiás (Aprosoja GO) e da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) também estiveram presentes.

A pauta de maior destaque foi o possível ajuste do vazio sanitário. Segundo o assessor técnico da Faeg, Cristiano Palavro, a proposta é a extinção deste prazo para a região sudoeste de Goiás, no caso do plantio de feijão. Para a soja, a sugestão é antecipação do plantio nesta área geográfica. “Nesta região de Rio Verde, Jataí e Mineiros, o vazio é pouco eficiente. Estamos nos espelhando em São Paulo, que não tem esta janela de tempo”, disse.

Conforme contou, a Faeg buscou referências com a Embrapa, que está reticente em dar um parecer sobre a decisão. Em outros estados, como o Mato Grosso e o Mato Grosso do Sul, o vazio sanitário acontece antes e o plantio, geralmente, acontece em 15 de setembro. Em Goiás, a aproximação – ou sincronização – de datas é minimizar consequências geradas pela safrinha de milho, que sofre influências da falta de chuva.

O governo de Goiás, no entanto, afirmou, durante a abertura da Feira, que vai autorizar a antecipação do plantio de soja no estado, alterando a data do vazio sanitário. O vice-governador do Estado, José Eliton disse que pode assegurar que, entrando em acordo com a Embrapa, está autorizada a antecipação do plantio de soja em Goiás.

BartolomeuBartolomeu Braz, vice-presidente institucional da Faeg e presidente da Aprosoja-GO reconheceu que a decisão, independente de qual for, provavelmente não agradará a todos, mas é uma discussão que deve ser avançada e discutida para todas as culturas. Arthur Toledo, presidente da Agrodefesa, afirmou que não se pode controlar a biologia quanto a emparelhamento de chuvas, mas que uma região não pode ficar refém da outra.

“Temos que pensar que a defesa não pode ser feita depois do problema; ela é preventiva”, sublinhou Toledo. “O esforço que fazemos hoje é recompensado com economia. A soja, cujo vazio estamos mais preocupados, é nosso carro-chefe em Goiás. Só de produção bruta chegamos a aproximadamente R$ 10 bilhões”, continuou.

ICMS

Os produtores também ficaram a par das últimas decisões em relação ao Decreto nº 8.548/2016, que tributaria algumas operações comerciais da soja e do milho em Goiás. Cristiano Palavro explicou que, em março, representantes da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) e da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), estiveram na Faeg buscando um acordo sobre esta situação. “O documento não está revogado, está apenas suspenso”, lembrou, comentando que isso poderia fazer com que algumas indústrias não comprassem grãos, por medo das alíquotas.

Foi passado aos produtores que três pontos ficaram acordados nesta reunião. Um deles é a manutenção da isenção da primeira operação de ICMS – do produtor para trading ou da trading para outra trade. “Mas deve-se fazer o Termo de Acordo de Regime Espacial, o Tare”, ponderou Palavro. Em busca de um mercado livre e cada vez mais perto de um livre mercado, discutiu-se uma mudança nas cotas de exportação destes grãos. “As cotas não estão extintas, mas aumentarão em 2,5x”, contou.

O modelo 70/30 (de toda a produção, 70% estaria isenta de impostos, enquanto os outros 30% ficariam isentos apenas se usados internamente), maior preocupação do produtor e das tradings, ainda está em discussão. “Esta condição não é incentivo para nós, é reserva de mercado. E o nosso ficará achatado tal qual o do Mato Grosso do Sul”, ressaltou Bartolomeu.

Arthur ToledoBenzoato

Nas últimas semanas, a Agrodefesa liberou o uso do Benzoato como uma alternativa no controle das pragas, sobretudo a lagarta Helicoverpa. “Vale lembrar, no entanto, que o uso só é permitido em estado de emergência sanitária”, disse Arthur Toledo. “Mas o uso, mesmo que restrito, abre as portas para a regulamentação deste produto no Brasil. Somos todos adultos e o mercado já está maduro o suficiente para saber lidar com ele”, continuou. Hoje Goiás tem 12.380 áreas de soja, segundo Arthur. Então, fica impossível para a Agrodefesa fiscalizar 100% das plantações. Por isso, deve haver respaldo e maturidade do produtor.

O defensivo poderá ser usado no cultivo de algodão, feijão, milho e soja. O produtor deverá fazer uma solicitação online no site da Agrodefesa, explicando o estado de sua plantação, para que seja autorizado o uso do Benzoato. Logo após, poderá comprar com uma das empresas autorizadas, que já estão em negociação. A precaução com o uso do fungicida também se deve ao fato de preocupação com o ser humano e com a plantação. “O uso excessivo dessas substâncias para a ferrugem asiática, por exemplo, matou os inimigos naturais da Helicoverpa”, concluiu.

Seguro Rural

Por último, o assessor técnico da Faeg, Pedro Arantes, falou sobre uma questão que vem sendo discutida há muito pelo setor produtivo: crédito rural. Em recente reunião em Brasília, Arantes disse que conseguiram a criação de uma Comissão Consultiva de Assessoramento ao invés de um Conselho do Seguro. Arantes também falou sobre a eliminação das faixas de cobertura abaixo de 65% e da redução drástica dos recursos: R$ 400 milhões.

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