Integrantes do setor produtivo do leite, de todas as regiões do estado, participaram de reunião nesta sexta-feira (27), na Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), para discutir os principais assuntos relativos à cadeia produtiva. Mais de 50 representantes do setor debateram temas como consumo, negociação, informações, controle sanitário, bases legais e políticas públicas, incluindo a produção, preços e qualidade do produto.
Entre os temas que mais provocaram a participação no debate foram a variação do preço do leite e a relação de compra e venda com indústria. Os produtores relatam que encontram dificuldades em vender para a indústria sem uma margem de segurança. Outro ponto abordado foi a transferência de conhecimento. Segundo o presidente da Comissão de Pecuária de Leite, José Renato Chiari, a parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás) na promoção de cursos para qualificar o produtor tem conseguido agregar conhecimento e informações que impulsionem a atividade. O Senar Goiás, juntamente com os Sindicatos Rurais (SRs), disponibiliza curso teórico e prático para manejo, gestão, nutrição e bem-estar animal.
O produtor do município de Itaberaí, Gilson Gonçalves, defendeu a qualificação como extremamente necessária para o produtor gerir melhor a atividade. “Só por meio da informação é que o produtor pode melhorar sua capacidade produtiva no dia a dia e oferecer um produto de qualidade para o mercado”, disse. Representando a área industrial, o empresário Ademar Leal reforçou que o fortalecimento de toda cadeia se dá com o fortalecimento do produtor. “Com acesso a informação, o produtor passa a agregar mais valor ao produto. Por isso, é fundamental oferecer curso de gestão e produção”, observou.
Observações
A Comissão de Pecuária de Leite tem papel importante na articulação dos produtores na cadeia. O primeiro encontro do ano dá continuidade aos debates que buscam soluções para problemas relacionados ao setor. Na pauta do dia foi exposto ainda o controle de sanidade animal para prevenir doenças como brucelose e tuberculose. Por fim, a comissão abriu espaço para discutir políticas públicas, importações e exportações, regulamentações, incentivos fiscais e créditos financeiros.
Texto: Francis Telles / Fotos: Larissa Melo