Em São Paulo, as tentativas de compra por preços menores estão cada vez mais comuns o que resultou em queda nas duas praças pesquisadas. A nova referência para o estado, R$1 a arroba abaixo do fechamento da semana anterior, ainda é de R$2 a R$3 por arroba maior do que as ofertas de alguns compradores. Nestes casos, porém, os negócios não evoluem.
Este cenário, de tentativas de compra em preços menores, é observado na maioria das regiões pesquisadas. Além de São Paulo, ocorreram quedas no Triângulo Mineiro (MG), em Paragominas (PA) e no Norte do Tocantins. Em Goiás, por exemplo, o preço médio do boi gordo à vista da terceira semana de janeiro, foi de R$130,01 a arroba, R$6,50 a menos que no mesmo período de dezembro de 2016, que correspondeu a R$136,52.
“O consumo de carne continua fraco, com expectativas de algum movimento a partir do recebimento de salários. E este comportamento do consumo fez essa pressão ocorrer nos preços aos produtores, de forma que aqueles que realmente necessitam vender para aliviar pastagens ou comprar os animais de reposição, contribuem para as escalas dos frigoríficos”, analisa a assessora técnica da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Christiane Rossi.
No mercado atacadista de carne com osso, os preços estão estáveis. O boi casado de animais castrados está cotado em R$9,41kg. Ainda faltam duas semanas para o pagamento de salários, o que indica que o cenário para incremento de vendas não é dos melhores e não deve ajudar o mercado do boi gordo.
Fonte: Gerência de comunicação da Faeg e Scot Consultoria