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Faeg quer suspender ampliação da Chapada dos Veadeiros

Durante webconferência Faeg defende suspensão do projeto de ampliação da Chapada. Foto Larissa MeloMichelle Rabelo
Suspender o projeto que prevê a ampliação, em quase quatro vezes, do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, até que o processo de regularização fundiária da região seja finalizada. Esse foi o pedido feito pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) na manhã desta sexta-feira (2) durante a 6ª edição do Sistema Faeg Interage. Na ocasião, foram debatidos os impactos sociais que podem ocorrer com a aceitação da mudança na região nordeste de Goiás.

Durante a manhã, mais do que discutir a proposta do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), representantes da Faeg apresentaram argumentos contrários ao projeto, alegando que produtores e ambientalistas estão vivendo um momento de insegurança jurídica devido a falta de titulação de grande parte das terras. A mesa de debate foi composta pela consultora técnica da Faeg, para área de meio ambiente, Jordana Sara, e pelo assessor jurídico da entidade, Augusto César Andrade. Os dois participaram das três consultas públicas, que aconteceram entre os dias 16 e 18 deste mês, realizadas pelo ICBio nos municípios de Nova Roma, Cavalcante e Alto Paraíso.

O vice-presidente da Faeg e presidente do Sindicato Rural (SR) de Alto Paraíso, Leonardo Ribeiro, também contribuiu com a discussão e destacou a existência de outras alternativas de proteção ambiental. “A criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) é um bom exemplo de que é possível combinar produção e proteção. Elas são uma forma inteligente de cuidar do meio ambiente, já que o estado não seria onerado, não precisando indenizar as famílias, e o produtor poderia continuar no local”.

Leonardo Ribeiro destacou a existência de outras alternativas. Foto Larissa MeloLeonardo também fez questão de destacar a atual situação da região, que já está inserida em uma Área de Proteção Ambiental (APA), cujo Plano de Manejo foi construído e aprovado à várias mãos – o que inclui produtores e ambientalistas. “Conversando a gente se entende. Foi assim na APA do Pouso Alto e precisa ser assim em todas as questões que envolvam centenas de famílias, como é o caso da ampliação da Chapada”, pontua, defendendo um modelo de gestão ambiental que atenda as necessidade do produtor rural.

Com a mesma opinião, para Jordana Sara, uma das preocupações que deveriam reger a proposta de ampliação é a questão social, referente “as centenas de moradores da região, que vivem de suas terras a mais 150 anos e não sabem fazer outra coisa que não cultivar e produzir seus alimentos, trazendo a renda de suas famílias e o sustento de toda aquela região”. Temas como pré-requisitos para a ampliação da Unidade de Conservação (UCs), fiscalização do uso do solo e destino final das pessoas que moram nas áreas afetadas também foram abordados durante a manhã.

O assessor jurídico da Faeg, Augusto César Andrade, caracterizou o processo do ICMBio – de apresentar o projeto somente em três cidades e não continuar se reunindo com moradores – como atropelado. “O Brasil tem um histórico de criação de Unidades de Conservação catastrófico. As pessoas não são tituladas e ficam sem receber a indenização, o que preocupa, e muito, a Federação”.

História
O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros foi criado em 1961 e, com 625 mil hectares de área protegida, ainda era chamado de Parque Nacional do Tocantins. A partir daí sofreu várias reduções e hoje sua área é de 65.514 hectares. Agora, o ICMBio quer ampliar esse tamanho, passando 235 mil hectares. A consultora da Faeg também faz questão de alertar o histórico da região com a comunidade. “Hoje essa região é vista como interessante para preservação é porque essa comunidade, a centenas de anos, vem cuidando e preservando toda essa riqueza natural do local”.

Interage
Depois da discussão principal da manhã, técnicos da Faeg apresentaram análises sobre os mercados da soja, do milho, do boi gordo, das aves e suínos.
A assessora técnica para a área de pecuária de corte da Faeg, Christiane Rossi, alertou para o fato de que mesmo com as recentes valorizações do milho e do farelo, o poder de compra do suinocultor vem se elevando ao longo de setembro, devido ao aumento ainda mais intenso do valor recebido pelo animal vivo. No mercado, de acordo com colaboradores do Cepea, a forte alta em setembro é reflexo principalmente dos bons volumes de exportação, graças também ao dólar, que vem enxugando os estoques da carne no mercado doméstico.

Também segundo o Cepea, o frango vivo registrou variações elevadas nos últimos 30 dias refletindo a demanda de indústrias no mercado independente com o objetivo de reabastecer seus estoques. Já no mercado do boi, esta semana em Goiás, a média do preço pago ao produtor de saiu de 131,93 para 132,18/@ (à vista), variação de 0,18%. A discussão foi transmitida ao vivo, mas também pode ser conferida abaixo:

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