Comunicação Faeg, com informações do Getec
As estimativas para a safra de grãos divulgadas mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam retração na safra agrícola brasileira para este ano em relação à safra recorde do ano passado. Dados divulgados nesta terça-feira (9) pelo instituto mostram que a produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas deverá atingir este ano 189 milhões de toneladas, volume inferior em 9,8% – o equivalente a menos 20,4 milhões de toneladas – à produção obtida em 2015, que foi de 209,4 milhões de toneladas – a maior da história, com destaque para os estados de Mato Grosso, Goiás e Paraná.
Em Goiás a situação não foi diferente, comparativamente com a safra anterior a perda foi na ordem de 14% - bem mais acentuada do que a nacional que ficou em 9,8%, em volume, que fez o Estado perder 2,8 milhões de toneladas –. “Quando observamos os dados por cultura, a soja teve um aumento de produção de 1,6 milhões de toneladas, já o milho segunda safra a perda é da ordem 3,9 milhões de toneladas, que corresponde a 50,6% sobre a safra anterior”, destaca o assessor técnico da Faeg, Pedro Arantes.
Em relação à segunda perda mais expressiva, ocorreu com a produção de arroz no Rio Grande Sul. “Não pela falta de chuva como aconteceu com o milho, mas por excesso de chuva, principalmente pelo fato do cultivo ser irrigado por inundação”, diz Arantes. O abastecimento do milho para consumo interno, especialmente da forma de ração animal, só não deve agravar muito pelo fato de redução nas exportações na ordem de 10,2 milhões de toneladas e pelo estoque anterior de 10,5 milhões de toneladas, que deve ser reduzido pela metade neste ano safra.