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Experimento em propriedade de Cromínia busca otimizar manejo e aumentar produtividade

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Não é milagre, mas tecnologia. Antes, a limpeza de ervas daninhas em um hectare de pasto que levava um dia inteiro de trabalho, com o uso de foices para a roçagem e bombas costais, agora, com a pulverização por meio de drones de reservatório de 10 litros, é possível fazer o controle das plantas invasoras na mesma área em apenas oito minutos. Foi esse trabalho que o produtor de gado de corte Max Nery conheceu por meio do Senar Goiás. Fruto da sucessão familiar, ele mantém a fazenda Santa Bárbara, em Cromínia, a 70 quilômetros de Goiânia. Nos 214 hectares de terra são criadas de 400 a 450 cabeças de gado, por ciclo.

Um dos grandes desafios, segundo o pecuarista, é aumentar a produção na mesma área, o que requer uma pastagem sempre farta. "Eu já tinha visto os cursos de drones para o uso em diversas maneiras, na lida com os animais, nas plantações. Em fevereiro, eu fui ao Dia de Campo do Senar Goiás e lá conheci a pulverização por meio de drones. Logo me interessei, porque minha fazenda tem algumas áreas de pasto que a mão de obra com o uso de defensivos em bomba costal, ou até mesmo roçagem, é inviável", explica.

O instrutor do treinamento de pulverizador costal e de prevenção de acidentes com defensivos agrícolas do Senar Goiás, Helder Nascimento, reforça que esse trabalho feito com os drones reduz os custos com mão de obra braçal, permite o acesso a áreas acidentadas ou de difícil acesso, além de evitar o risco de intoxicação. A técnica apresenta várias vantagens e pode ser usada em outras tarefas. "A aplicação de defensivos com o drone pode ser feita numa altura mais baixa, desviando de árvores nativas. Se evita também a compactação do solo, que o pasto fique amassado. Existe também a possibilidade de fazer a aplicação de produtos biológicos e distribuição de sementes em morros, caso o produtor não queira mexer na terra para melhorar a paisagem", explica

O uso de drones para essa finalidade, no entanto, ainda se encontra em fase de regulação. Diante da busca cada vez maior pelo trabalho com esse tipo de tecnologia, a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) colocou em consulta pública no dia 10 de julho, válida por 60 dias, a proposta de Instrução Normativa (IN) para regulamentação do uso de aeronaves remotamente pilotadas (RPA), conhecidos como drones, em atividades agropecuárias.

As normas deverão ser aplicadas para drones pertencentes as classes 2 (de mais de 25 quilos até 150 quilos de peso total) e 3 (até 25 quilos de peso total), destinadas à aplicação de defensivos, adjuvantes, fertilizantes, inoculantes, corretivos e sementes. A consulta está disponível no site: https://bit.ly/3f8fKLK.

O produtor Max Nery lembra que busca investir em tecnologia aplicada em seu gado com o objetivo de usá-la para produzir uma arroba mais barata, dentro de uma propriedade pequena. "Sem informação e tecnologia não conseguimos chegar onde é o nosso propósito. O Senar é uma ferramenta de transformação do produtor. Ele ajuda a tecnologia a chegar até a gente de uma forma mais acessível e é por essa proximidade com o produtor que eu acredito no Sistema Faeg Senar", finaliza.

Comunicação Sistema Faeg/ Senar


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