A pedido da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), o cadastro dos estabelecimentos de criadores de equídeos foi tema de reunião entre representantes da entidade e a Coordenação do Programa Estadual de Sanidade dos Equídeos, da Agrodefesa. Na ocasião, foram debatidos ainda temas como o cadastramento de explorações desses animais pela Agência de Defesa em Goiás, além do trânsito inter e intraestadual e a publicação de Portaria normatizando a exigência de atestado de vacinação de Influenza para participação de equídeos em eventos pecuários.
Representando a Faeg, o presidente da Comissão de Equideocultura, Hélio Fábio Guerra e a assessora técnica para área de Pecuária, Christiane Rossi, propuseram um trabalho conjunto para o desenvolvimento de uma campanha para a realização do cadastramento de todos os produtores e animais junto à Agrodefesa, incluindo os proprietários de equinos que não possuem propriedade.
A ideia é envolver todas as entidades, associações, sindicatos rurais e órgãos do governo como Emater, nessa divulgação. O coordenador técnico do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) Goiás, Marcelo Penha, também estava presente e falou sobre a capacitação oferecida a quem mora no meio rural e cria equídeos.
Outras demandas
A pauta da Federação também levou à tona a quantidade insuficiente de laboratórios para realização de exames e de médicos veterinários cadastrados, além da necessidade de melhorar o atendimento nos escritórios locais da Agência.
A Faeg demonstrou apoio institucional à Agrodefesa para que esta viabilize a estruturação de um laboratório próprio da Agência. O Senar Goiás se dispôs a ministrar os cursos de capacitação para os médicos veterinários interessados na realização de exames, de forma a aumentar o número de profissionais, nos municípios goianos.
Controle de saldo
A partir do mês de setembro serão implementados no Sistema, novos controles do saldo de equídeos. Assim, para emissão de Guias de Trânsito Animal (GTA) para a espécie, obrigatoriamente, os animais devem originar-se de GTA de entrada ou de nascimento. Em caso de baixas, o produtor deverá comprovar com a GTA de saída ou comunicação de mortalidade na Agrodefesa, de acordo com limites zootécnicos preestabelecidos.
O presidente da Agrodefesa, Antenor Nogueira, participou da reunião e ouviu atentamente as demandas da Faeg. Segundo ele, a emissão de GTA pelos criadores estará condicionada ao cadastro prévio do produtor na Agência. Movimentações realizadas sem a Guia de Trânsito Animal e sem os exames necessários são consideradas irregulares, podendo ocasionar autuações aos produtores que transitarem animais sem a referida documentação zoossanitária.
O cadastro de explorações pecuárias é a base para desenvolvimento dos programas sanitários da área animal e sua atualização é extremamente necessária.