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Faeg intermedia negociação entre produtores e BB

negociacao-bb-terras-jesupolisPor intermédio da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (Faeg), uma comissão formada por produtores dos municípios de Jesúpolis e São Francisco de Goiás se reuniu, na tarde desta quarta-feira (26/06), com o superintendente do Banco do Brasil em Goiás, Edson Bündchen.

O objetivo era chegar a um acordo a respeito do leilão de terras que inclui cinco cidades do Estado e mais de 100 famílias.

Na reunião, ficou decidido que o banco vai individualizar as dívidas e tentar abrir uma negociação com os envolvidos. Os pequenos produtores faziam parte de uma cooperativa alcooleira criada na década de 1980, que faliu e teve propriedades rurais hipotecadas.

Em janeiro deste ano, o Banco do Brasil ganhou na Justiça uma ação com o direito de realizar o leilão das propriedades e a história ganhou repercussão nacional depois que um produtor morreu em Jesúpolis ao dar uma entrevista sobre o assunto para uma TV local.

No início da manhã de hoje, cerca de 100 produtores rurais se reuniram na sede da Faeg, em Goiânia, para nomearem uma comissão de negociação. O encontro contou com a presença do vice-presidente institucional da Faeg, Bartolomeu Braz e do assessor jurídico da entidade, Augusto de Andrade.

Na ocasião, ficou definido que a comissão será composta pelo prefeito de Jesúpolis, Wygnerley Justino; presidente dos Sindicatos Rurais de São Francisco de Goiás e Jesúpolis, Watson Gama; presidente da Câmara de Jesúpolis, José Bernardo Leite Neto; advogado Albert Costa e por produtores rurais envolvidos no débito.

Pela tarde, eles se encontraram com o superintendente do BB, na companhia do presidente da Faeg, José Mário Schreiner. José Mário deu início à reunião explicando que o superintendente do banco se colocou como intermediário para ajudar na negociação, tendo em vista que a superintendência de Goiás é uma das mais conceituadas do país.

Ele agradeceu a presteza de Edson Bündchen e afirmou que não irá descansar enquanto não for encontrada uma solução definitiva. "Não vamos aceitar passivamente que terras de pequenos produtores sejam leiloadas. Espero que o banco tenha bom senso e elabore um projeto viável", completou José Mário.

Apesar de solícito, o superintendente do BB fez questão de deixar claro que a situação é complexa e que não é possível fazer promessas milagrosas. "Podem ter certeza que o Banco do Brasil não irá se furtar de conversar, mas vocês não ouvirão de nós nada que não possa ser estudado e deliberado", disse Edson.

Negociação

Quatro tópicos principais ficaram definidos durante a reunião para facilitar o trabalho da superintendência. O primeiro passo é a abertura da negociação e o segundo, a separação do débito de cada produtor. Apesar de serem responsabilizados por uma única ação, cada um possui débito em valor diferenciado. A reclamação geral é que eles sequer sabem qual o valor da dívida.

Apesar disso, possuem em comum uma certeza: não podem perder o único meio de sobrevivência. Eles solicitaram, também a suspensão do leilão por parte do banco e a inclusão da União na negociação. O medo está relacionado ao fato de muitos terem negociado com o banco há 10 anos, mas ainda continuarem devendo para a União.

Gerente de Renegociação de Dívidas do Banco do Brasil, André Luiz Althoff prometeu analisar os documentos do processo e, em breve, separar os débitos de cada produtor. Além disso, ele irá apresentar planos individuais de renegociação.

"Se preciso for ficarei uma semana inteira nas cidades atendendo a todos, um por um. O interesse do banco também é encontrar uma saída e mesmo que os valores conseguidos por nós não sejam o que os produtores desejam, vamos tentar um acordo. Apresentaremos propostas viáveis", completou.

"Não tínhamos dimensão do projeto, plantávamos cana para fazer rapadura. Fomos julgados como empresários e não temos dinheiro nem para pagar a escola dos nossos filhos. É tudo o que temos, não podemos perder estas terras, são cidades inteiras. O banco precisa ser solidário com a gente", afirmou, aos prantos, o produtor Benedito Antônio de Moraes.

Fotos: Larissa Melo

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