Faeg participa de Encontro dos Presidenciáveis, em Brasília

Michelle Rabelo com Assessoria CNA

Com a intenção de propiciar um diálogo entre lideranças do agronegócio brasileiro e os candidatos Presidência da República, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu, nesta quarta-feira (6) um encontro entre as partes, Durante o evento, Eduardo Campos (PSB), Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) apresentaram suas propostas sobre temas levantados anteriormente pelas entidades que representam agricultores e pecuaristas dos quatro cantos do Brasil.

A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), que ajudou a elencar os temas mais importantes dentro de cenário atual do agro, esteve presente nas pessoas de seu presidente, Leonardo Ribeiro e de seus vice-presidentes institucional e financeiro, Bartolomeu Braz e Eurípedes Bassamurfo, respectivamente.

O Encontro dos Presidenciáveis aconteceu no auditório da CNA, em Brasília e representou a oportunidade de cada candidato apresentar sua visão e suas propostas sobre os problemas que envolvem o agronegócio brasileiro. Um documento intitulado “O que esperamos do Próximo Presidente 2015-2018”, que já havia sido entregue aos três candidatos, enumerou cinco eixos básicos que preveem a retomada do crescimento econômico e o fortalecimento do agronegócio.

Cada um falou sobre todos os eixos que têm por objetivo melhorar a renda do agricultor, modernizar a arcaica infraestrutura de transportes do país e a buscar uma política econômica capaz de aumentar as exportações brasileiras e do agronegócio em particular.
O que a Faeg espera do próximo presidente

Participando da elaboração dos questionamentos que serviram de base para a formação dos eixos principais que foram entregues aos candidatos, a Faeg elencou sete temas. Entre eles estão as Políticas Agrícolas com a ampliação das exportações e da formação externa de preços e as Políticas de Crédito, com a criação de linhas especiais para irrigação.

Além disso, também foi citado o Transporte Aquaviário, com a construção de eclusas ou canais paralelos às represas já existentes, a Armazenagem, com o fortalecimento do atual Programa de Construção de Armazéns (PCA) e Infraestrutura e Logística, com o acréscimo de uma linha férrea trecho Alto Taquari (MT) e Rio Verde (GO).

Para finalizar a Faeg abordou ainda a Defesa Agropecuária com o aumento de orçamento e foco em ações de planejamento e Meio Ambiente e Recursos Hídricos, com firmamento de compromissos de incentivos.

Candidatos
O candidato do Partido Socialista Brasileiro (PSB) à presidência da República, Eduardo Campos afirmou que assumirá, pessoalmente, a condução da política agrícola, fortalecendo o Ministério da Agricultura, além de propor novos projetos em setores como hidrovias e ferrovias para reduzir os custos de produção do agricultor. Campos também anunciou que, caso seja eleito presidente, dará prioridade à adoção de mecanismos que garantam mais recursos para o seguro agrícola, que, atualmente, cobre apenas 9% da produção de grãos do país.

Já Aécio Neves anunciou que, se eleito, o Superministério da Agricultura, que será criado em seu primeiro dia de mandato, terá a mesma importância estratégica das pastas da Fazenda e do Planejamento na formulação de políticas públicas voltadas para o agronegócio e infraestrutura e logística. Ele informou, ainda, que as ações relacionadas à pesca, que hoje tem um ministério exclusivo para a atividade, serão reincorporadas a este novo superministério.

Falando por último, Dilma Rousseff falou sobre a classe média rural e propôs a ampliação e o aperfeiçoamento das políticas específicas para este público, como forma de incentivar a produção. Citou o Programa Nacional de Apoio ao Médio Rural (Pronamp), linha de crédito do governo federal com taxas de juros diferenciadas para custeio e investimento, e a criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). Com a agência, segundo ela, todos os produtores poderão ter acesso a modernas tecnologias e novas práticas de produção, essenciais ao trabalho dos médios e pequenos produtores.