Faeg reforça a necessidade de acabar com estereótipos de desmatamentos atribuídos ao produtor rural

Diante de questionamentos a partir de dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), sobre Goiás aparecer em quarto lugar como o bioma com grandes áreas de desmatamento, atrás do Maranhão, Tocantins e Bahia, a Federação da Agricultura e Pecuária (Faeg), solicitou a um de seus analistas de meio ambiente e Recursos Hídricos para contextualizar tal informação. Assim pretende-se esclarecer o equívoco quando se estereotipa ou elenca o produtor rural como o grande responsável por tal prática.

O Agro goiano, sempre pautado nos avanços tecnológicos e na ciência, tem substancialmente aumentado a produtividade economizando em áreas. Sobre a questão dos dados referente ao desmatamento em Goiás, é preciso cuidado ao generalizar os tipos de desmatamento. Pois existem as intervenções autorizadas. Salienta-se que quando é solicitada a supressão de vegetação, o produtor rural tem que cumprir com o Código Florestal. Assim, garantir que 20% da área total do imóvel seja obrigatoriamente mantida, a tão conhecida Reserva Legal (RL)

Para a solicitação junto aos órgãos licenciadores, o produtor tem que apresentar estudos como, de flora e fauna, projeto de compensação florestal dentre outros. São estudos rigorosos das espécies e planos de controle ambiental (PCA), logo, o ato formal de supressão é algo minucioso. Cabe frisar que se um produtor faz tal solicitação é porque há excedente de vegetação na sua propriedade. Se houver novas aberturas de áreas, a legislação ambiental precisa ser cumprida rigorosamente, especialmente as leis relativas à manutenção da reserva legal e área de proteção permanente (APP), nesse caso das intervenções autorizadas.

Não se observa pressões econômicas do setor rural para desmatamento ilegal e não há apoio para isso de entidades que seriamente representam a categoria. Não apenas em Goiás, como em todo o Brasil, o produtor vem arcando com uma enorme responsabilidade, além das incertezas dos preços de vendas, os altos custos de produção. Ter que produzir com pressões internacionais e nacionais, e mesmo assim ser taxado como infrator? É algo que cabe uma reflexão.

A sociedade precisa entender a importância do trabalho do produtor rural e como de fato ele evolui de forma cada vez mais sustentável. Tal setor é fundamental para geração de emprego e renda, além de ser o responsável por prover comida na mesa, não só dos brasileiros, mas do mundo! Para isso não se pode criminalizá-lo e tão pouco vê-lo como inimigo.

Análise realizada pelo Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag)

Imagem: divulgação

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