O Vice-presidente Institucional da Faeg, Eduardo Veras, e o Presidente da Comissão de Pecuária de Leite da Instituição, José Renato Chiari representaram os produtores de leite em reunião com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Antônio Carlos de Souza Lima Neto, e a secretária de Economia, Cristiane Schmidt, nesta quinta-feira, 1º de agosto, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia (GO).
Durante a audiência, as demandas das áreas foram apresentadas e houve consenso em relação ao alinhamento dos trabalhos, junto com o Instituto Mauro Borges (IMB), com o intuito de buscar pontos de convergência entre os setores. “Vamos construir uma metodologia capaz de dar sustentação, tranquilidade e segurança ao produtor de leite, como também viabilidade ao setor industrial. Precisamos estar juntos para recuperarmos a economia de Goiás e não penalizarmos nenhum dos segmentos”, afirmou Caiado.
As definições atendem parte das demandas apresentadas que são a antecipação do preço para que o produtor de leite possa gerenciar sua produção no mês seguinte, o auxílio do Instituto Mauro Borges e uma cesta de produtos com indexador para que a participação do leite seja transparente e justa. “Teremos o valor e previsão do preço no dia 25. E a evolução natural disso é que o Instituto vai nos ajudar, assim como pediremos auxílio à Embrapa Gado de Leite,” explicou Chiari.
Ele ainda afirmou que a cesta de produtos está a um passo à frente do Conseleite. “Queremos identificar o valor de mercado. A ideia de caminhar junto com a indústria partiu do produtor para suportamos o que vem como Mercosul e a abertura do mercado da União Europeia alinhando todas as ações,” disse. Para Chiari, é necessário que as reivindicações de produtores e indústrias estejam alinhadas junto aos governos estadual e federal. “Juntos vamos continuar vivos. O bom foi que a indústria entendeu isso,” completou.
Sobre a importação do leite, o governador reafirmou que não acha justo uma indústria receber incentivos fiscais sendo que eles servem para geração de empregos dentro do Estado, e não para outro país.
Entenda o caso
Em 22 de julho, o governador participou de uma reunião com produtores rurais realizada na Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) para tratar sobre a produção de leite, o preço e a forma de pagamento. Na ocasião, Ronaldo Caiado tranquilizou a categoria informando que não faria nada que penalizasse o produtor rural.
À época, os produtores também ressaltaram que é fundamental estabilizar o preço do leite, que teve uma redução drástica no valor pago pela indústria. Conforme dados divulgados pela Faeg, em junho de 2019 o preço do litro variou entre R$ 1,05 a R$ 1,70. Em julho, o produto teve uma redução no valor de R$ 0,15 a R$ 0,45.
Durante a reunião, o governador reforçou que o Governo de Goiás não concederá incentivos fiscais para produtos importados de outros países. “Aquilo que for importado, como o leite em pó, não pode receber incentivo fiscal, porque eu estaria indo contra aquilo que a lei determina. A lei determina que eu dê incentivo para que a indústria instalada absorva aquilo que é produzido no Estado”, afirmou.
Comunicação Sistema Faeg/Senar