Mais de 350 pessoas interessadas no mercado de peixes participam do Dia de Campo Senar Mais

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Em 2015 o contador João Pereira comprou o Sítio Recanto dos Tucanos no município de Silvânia. Nele havia três poços para criar peixes desativados. Ele então resolveu encher de água e colocar tilápias. “Comprei 2.500 peixes e soltei. Imaginei que era só dar ração e estava pronto. Morrerem todos”, lamenta.

Mas aí um vizinho trouxe um panfleto sobre uma reunião do Senar Goiás para falar de piscicultura. Senhor João foi e a partir dali fez cursos e passou a ser assistido pelo programa Senar Mais. “Com o Senar Mais eu tenho assistência técnica por dois anos. Já vai vencer em agosto desse ano e eu quero renovar. Eu aprendi que para criar peixe tem que saber a temperatura da água, quantidade de peixe que pode colocar, a quantidade certa de ração. Hoje eu tenho sete toneladas de tilápia prontas para venda e outras 4 de piau que devem estar no ponto em julho. Agora estou esperando a licença para abrir mais poços e criar tambaqui e caranha”, conta animado.

Diante do sucesso com a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), o Sítio Recanto dos Tucanos foi a sede do 1°Dia de Campo Piscicultura Senar Mais. “ Estamos muito satisfeitos. Foram mais de 350 pessoas. Tivemos 10 grupos que passaram pelas quatro estações sobre: Qualidade da água, Manejo Nutricional, Boas práticas de Manejo e processamento de peixes. Além de acompanhar três palestras”, comemora o técnico de campo do Senar Mais, Alyson Augusto da Costa Sousa.

Um dos palestrantes foi o presidente da Comissão Nacional de Aquicultura da CNA, Eduardo Ono. “Os brasileiros estão cada dia mais descobrindo o peixe e isso é sinal de que o mercado só tem a aumentar. Mas é preciso incentivo do poder público para que a piscicultura no país possa de fato se desenvolver para corresponder a todo o potencial”, destaca Eduardo.

Seguindo todas as orientações de ATeG, um hectare de lamina d’água (espelho), pode render em média 8 mil reais por mês. “Muita gente acha que peixe se multiplica sozinho. Por isso o trabalho do Senar Mais faz toda a diferença. E o Dia de Campo Piscicultura tem todo nosso apoio porque já dá uma ideia de como é esse trabalho com a participação do Senar, explicou o presidente do Sindicato Rural de Silvânia, Manoel Caixeta.

Dona Sônia, comprou um sitio na região e procurava uma fonte de renda para a propriedade. Ela já buscou informações em São Paulo, mas foi com o trabalho do Senar Goiás que se identificou. “Eu gostei de tudo que vi aqui. Das palestras. Com certeza me agregou muito e agora quero que minha represa, que até agora só é utilizada para o consumo da família, seja ampliada para vender e ganhar dinheiro”, planeja a aposentada.

A piscicultura é um mercado muito promissor porque demanda pouco espaço. A prioridade é uma boa demanda de água e conhecimento para o lucro ser maior. “ No último ano, o número de produtores de peixe assistidos pelo Senar Mais piscicultura, de 50 passou para 200. E por isso nossa intenção é fazer com que cada vez mais produtores intendam a diferença na produção e no lucro com a ATeG”, complementa Dirceu Borges, superintendente do Senar Goiás.

“O desafio é diário, mas estamos lutando apara que a assistência técnica chegue aos produtores, principalmente os de menor porte e o Dia de Campo é uma demonstração disso. O Senar entra para mostrar que pode dar um suporte para melhores resultados”, afirma o Presidente dos Sistema Faeg/Senar, Deputado federal José Mário Schreiner.

No evento, que durou toda a manhã do último sábado (06) e foi encerrado com um almoço, participaram também o Gerente de Assistência Técnica e Gerencial do Senar Goiás, Guilherme Bizinoto e o Supervisor de piscicultura do Senar Mais piscicultura Diogo Arriel. Várias autoridades do município como o prefeito José Faleiro, que também é piscicultor, estiveram presentes.

Fotos: Fredox Carvalho
Comunicação Sistema Faeg/Senar
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