SAFRAS (06) - O mercado brasileiro do café registrou preços de estáveis a mais altos nesta quarta-feira para o arábica, sustentado pelos ganhos do arábica na Bolsa de Mercadorias de Nova York. As ideias de compra e venda se aproximaram, com os compradores aumentando suas bases, diante do cenário externo de alta. Mas, o ritmo de negócios foi apenas moderado. O conilon, entretanto, foi pressionado pelas perdas do robusta em Londres.
No sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa ficou a R$ 446,00/450,00 a saca para a safra 2014/15, contra R$ 440,00/450,00 de ontem. No cerrado mineiro, a cotação do arábica bebida boa ficou em R$ 455,00/460,00 para a safra nova, contra R$ 450,00/460,00 do dia anterior.
Já o café arábica "rio" tipo 7 na Zona da Mata de Minas Gerais teve preço de R$ 310,00/320,00, contra R$ 305,00/310,00 de ontem. O conilon tipo 7 em Vitória, Espírito Santo, teve preço de R$ 243,00/245,00, contra R$ 245,00/248,00 de ontem.
Nova York
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações da quarta-feira com preços mais altos. Foi uma sessão tipicamente volátil, em que o mercado chegou a abrir no vermelho, testou patamares mais baixos, mas encontrou uma boa reação e fechou com ganhos próximos de 1%.
O contrato setembro, ainda o mais negociado, chegou a ter mínima de 185,95 centavos de dólar por libra-peso bem cedo pela manhã, mas encontrou bom suporte e passou pouco a pouco a avançar. Fatores técnicos dominaram o dia, com o mercado buscando novos patamares para se acomodar. Com a quebra da safra brasileira de 2014 e as grandes preocupações quanto à produção em 2015, não parece haver muito terreno para o mercado descer muito além dos US$ 1,90 a libra-peso, dizem traders.
Claro que se o mercado conseguir romper estes suportes vistos na sessão desta quarta-feira, pode novamente no curto prazo testar a linha de US$ 1,80 a libra-peso, mas é difícil consolidar fundos além disso, dizem traders. Para isso ocorrer são necessárias novidades fundamentais, e os fundamentos cada vez falam em safras do Brasil mais preocupantes em 2014 e 2015.
Ainda nessa semana correm conversas de temores envolvendo massas de ar frio sobre o cinturão cafeeiro, que embora não tragam maiores riscos, deixam os agentes com a "orelha em pé", num mercado já tão afetado por aspectos "perigosos" em relação à oferta do Brasil. As informações partem de agências de notícias.
Os contratos com entrega em setembro/2014 fecharam a 190,85 centavos de dólar por libra-peso, com valorização de 1,45 centavo, ou de 0,8%. Dezembro fechou a 194,85 centavos, alta de 1,45 cent, ou de 0,7%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou as negociações de hoje com baixa de 0,39%, cotado a R$ 2,2720 na compra e a R$ 2,2740 na venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 2,2720 e a máxima de R$ 2,2970. (LC)