Faeg debate gargalos e dificuldades da agropecuária

END0895Assessoria de Comunicação, com informações da CNA

O Grupo de Trabalho Econômico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) reuniu-se pela primeira vez em 2016, nesta terça-feira (22/3), na sede da entidade, em Brasília. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, esteve presente no encontro e fez questão de destacar a importância de se reunir vários estados e experiências muitas vezes distintas para que o governo federal possa pensar as políticas agropecuárias de forma democrática e eficiente.

No encontro, que contou com a participação presencial e por videoconferência de representantes da CNA e federações de agricultura e pecuária, foram discutidos temas que farão parte da agenda do colegiado neste ano, como tributação, insumos, infraestrutura e outros gargalos ao crescimento do setor agropecuário. Na pauta levada pela Faeg, mais recursos e uma menor taxa de juros.

A ideia é levantar as demandas dos produtores rurais nos estados e municípios com o objetivo de consolidar propostas que serão debatidas com o governo federal para solucionar alguns problemas que oneram o setor agropecuário. Um dos pontos abordados foi a tributação sobre o setor, por conta da decisão do governo de Goiás de taxar recentemente as exportações de soja no estado. Mesmo com a suspensão do decreto que taxava a saída do grão, a preocupação é que outros estados encontrem brechas jurídicas e adotem a mesma medida.

“Os estados e os municípios estão em uma penúria financeira muito grande. Se passarem a fazer esta taxação será uma preocupação muito grande”, disse o vice-presidente diretor da CNA e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo (FAES), Júlio da Silva Rocha Júnior, que relatou que os embarques do café são taxados no estado. “Se a taxação vier para ficar, precisamos dar uma resposta”, completou o coordenador do Núcleo Econômico da CNA, Renato Conchon.

O grupo também abordou a questão dos insumos. Os participantes mostraram preocupação com a dependência de matérias-primas importadas para a fabricação de fertilizantes. Além da alta do preço do produto, que é um dos componentes que mais pesa sobre o custo de produção, os produtores de determinadas regiões têm outro agravante: a logística para levar o insumo até as propriedades que ficam em regiões mais isoladas. Dependendo da localidade, por exemplo, o custo da cabotagem (navegação entre portos do mesmo território) é mais alto do que importar de outro país.

Conjuntura
O economista Fernando Sampaio, da LCA Consultoria, fez uma palestra aos participantes sobre o cenário econômico brasileiro e mundial, pontuando questões como a crise política, dólar, petróleo e commodities agrícolas, assim como o impacto desta conjuntura para o setor agropecuário. Participaram da reunião as federações da Bahia (FAEB), Mato Grosso do Sul (FAMASUL), Pará (FAEPA), Minas Gerais (FAEMG), Acre (FAEAC), Alagoas (FAEAL), Paraná (FAEP), Distrito Federal (FAPE-DF) e Tocantins (FAET).

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