Nova alta no juros pode tornar empréstimos mais caros

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O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu ontem, quarta-feira (28), de forma unânime, elevar a taxa Selic de 6,25% para 7,75% a.a. A alta de 1,5 ponto percentual na taxa de juros que já acumula sua sexta alta consecutiva, sobressaltou as expectativas do mercado, no que tange um ajuste maior que 1 ponto percentual. Com a nova taxa de juros, o Brasil agora ocupa o primeiro lugar no ranking de países com os maiores juros reais (5,96% a.a), que são os juros nominais menos a inflação esperada para os próximos 12 meses.

No entanto, para alguns especialistas o aumento da Selic deveria ter sido de pelo menos 2 pontos percentuais, criando um ajuste firme a fim de retomar o controle das expectativas de inflação. A decisão do Copom ocorre na tentativa de controlar a inflação, que vem registrando sucessivas altas, excedendo as perspectivas do Banco Central.

No curto prazo, não se tem uma perspectiva factível de redução significativa em fatores como: o preço dos combustíveis (que já acumula sucessivas altas), o preço do dólar que pressiona as commodities e por consequência os alimentos e o custo da energia elétrica, que são os principais itens que pressionam a inflação.

Além disso, o anúncio da mudança da regra do teto de gastos com a votação da PEC dos Precatórios, tem movimentado e gerando atenção no mercado, que interfere na bolsa de valores e consequentemente no dólar. De modo que diante desses fatores, o Comitê já deixou claro que novas altas na taxa de juros serão feitas na próxima reunião que acontece nos dias 07 e 08 de dezembro.

Com um novo aumento de 1,5 p.p na Taxa Selic, a consequência mais direta para o agro é a elevação no custo de capital. Com o crédito mais caro, o produtor poderá sentir um peso maior dos juros sobre os financiamentos e empréstimos tomados no mercado. Ao mesmo tempo, o dólar tende a cair no longo prazo quando há altas nos juros, o que pode suavizar os custos com insumos. Portanto, o produtor deve ter cautela e fazer as contas quando da necessidade de adquirir algum financiamento, seja de custeio ou investimento.

Comunicação Sistema FAEG/Ifag

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