Para especialista, Brasil fechará uma safra recorde de grãos

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8f138080 1a15 4bf5 aa54 a58d8e1a1167Murillo Soares

Formosa foi a última parada dos Seminários de Comercialização de Grãos, realizado pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), em parceria com os Sindicatos Rurais (SR). A cidade do entorno do Distrito Federal fechou o circuito de palestras nesta quarta-feira (27), com mais uma fala do consultor em Agrobusiness e analista a Bolsa de Chicago, Pedro Dejneka.

“As palestras dos Seminários não são apenas blá blá blá”, lembrou o presidente da Faeg, José Mário Schreiner. Ele afirmou que as informações passadas são imprescindíveis para que o produtor seja bem sucedido nas próximas safras. “Não podemos medir esforços para o sucesso do homem do campo, já que uma boa colheita tem reflexos positivos em toda a sociedade”, completou.

Schreiner acrescentou que os números da agropecuária na economia brasileira são bastante expressivos e, por isso, este setor exige um cuidado especial. “O agro segurou nossa economia, gerou muitos empregos, e fechou com superávit. Passamos de 43% para 48% de participação na balança comercial do Brasil”, finalizou.

Bons tempos virão

O consultor em Agrobusiness e analista a Bolsa de Chicago, Pedro Dejneka falou sobre a previsão do fechamento da safra deste ano. Segundo ele, será uma safra recorde, com a possibilidade de 101 a 103 milhões de toneladas. “Daremos um grande salto frente aos 96,2 milhões produzidos no ano passado”, disse. O Brasil é o líder mundial de exportação de soja, lembrou ele, e figura no segundo lugar dos maiores produtores de soja do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

“Acredito que dentro de cinco anos, o Brasil será o maior produtor de soja do mundo”, prevê. Aliás, ele fez boas colocações sobre o futuro do país, mesmo sem bola de cristal. “Este é um dos únicos países autossustentáveis do mundo, ou seja, se fecharem as portas comerciais, sobreviveríamos com a nossa própria produção”, afirmou. O que falta, segundo ele, é liderança e não se leva a sério. “O brasileiro vai começar a respeitar a si próprio”, finalizou.9d40cfb4 5258 49c0 8e7d b2c318c91bd0

Precaução

Sérgio Zimmermann, produtor de soja, milho e feijão já é veterano nos seminários da Faeg, porém novato em relação às análises de Dejneka. “Só havia tido contato com suas colocações em sites e reportagens”, confessa. O maior alerta, para ele, veio quando Dejneka afirmou que o mercado internacional está sempre em evolução. “Os produtores deverão ficar atentos, aproveitar oportunidades e tirar da cabeça que está tudo tranquilo. Câmbio e taxas são extremamente variáveis”, sublinhou.

Para Zimmermann, as dicas vieram para ressaltar o que ele já aplica em sua empresa, Charrua Comercial Agrícola. “Sempre avaliamos custos. Muitas vezes trabalhamos com preços fixados, para ter segurança na produção”, disse. Segundo ele, cautela é o que não falta, o que, de acordo com a palestra de Pedro, só dá benefícios a quem vende seu grão.

Balanço

58df32a9 c324 48a7 b048 0ce824ea5735Por ser o último encontro dos Seminários de Comercialização de Grãos, o assessor técnico da Faeg, Pedro Arantes, fez uma análise das sete cidades que visitaram. “Começamos no Sudoeste do Estado e fomos subindo, até o Entorno do DF. Só tivemos saldo positivo”, afirmou. O nível de público, para ele, foi o melhor possível e o nível de interesse foi alto. “Vimos o interesse dos produtores em ficar até o fim do evento, fazer perguntas, anotar e questionar nosso palestrante”, continuou.

Além disso, elogiou Pedro Dejneka. O consultor, segundo ele, faz análises que estão de acordo com as reais tendências do mercado internacional e conta aquilo que os produtores devem ouvir, não o que eles querem. “O alerta que Dejneka faz, sobretudo para o ano que vem, agarrou o interesse dos participantes para que possam se precaver para a próxima safra”, ressaltou. Se o intuito da Faeg era levar informações para o homem do campo, Arantes resumiu os Seminários em uma expressão: “missão cumprida”.

Capacitação

No evento, também falou-se de capacitação. O presidente do SR do município, Ivan Ornelas, destacou que, além de informações a Faeg e também o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás), se empenham em levar qualificação. “Muitos aqui em Formosa são contemplados com cursos e treinamentos”, disse. Joel Rodrigues Rocha, gestor do Sebrae Goiás confirmou a informação e lembrou que a parceria de sua entidade com a Federação é uma das que mais se destacam no país.

“O Sebrae sempre foi muito urbano, mas agora começamos a colocar nossos pés na roça”, lembrou. O presidente da Faeg, José Mário Schreiner, completou a fala de Rocha, afirmando que tem orgulho em ter mostrado que no campo também há empreendedores. “Nós, da Faeg e do Senar Goiás, estamos muito contentes em ter calçado a botina no Sebrae”, brincou.

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