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Pecuária moderna, sua gestão e inovação no mercado

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fernando sampaioO sucesso da pecuária de corte no Brasil e o no mundo depende de uma série de lições, sendo que a primeira é investir em gestão. A afirmação é do diretor executivo da Estratégia PCI (Produzir, Conservar e Incluir) do governo do estado do Mato Grosso, Fernando Sampaio. Ele foi um dos palestrantes da Expopec 2017 – Exposição das tecnologias voltadas para o desenvolvimento da pecuária. O evento teve início nesta quinta-feira, 23, e se estenderá até o dia 26 de março, em Porangatu (GO).

Segundo Sampaio, o produtor precisa produzir carne e desenvolver sua atividade no presente já pensando no amanhã. “É necessário sempre acompanhar o que está acontecendo. Avaliar o que existe lá fora e dentro no país. As práticas que estão dando certo e as que não estão tendo resultado. Isso tudo faz parte de uma visão estratégica que poderá garantir a sustentabilidade do negócio”, afirmou.

De acordo com ele, o produtor precisa sempre estar atento ao mercado e às inovações que surgem a cada ano. “Hoje temos tanta novidade em relação à pecuária. São drones no campo, uso de robótica e até gente tentando fazer carne em laboratório. Tudo isso precisa ser avaliado, seja para dar continuidade, utilizar na propriedade ou para evitar”, disse.

Acompanhamento

Além de apresentar um histórico do setor, especialmente em relação às exportações brasileiras de carne bovina e os fatores que interferem neste mercado, o palestrante orientou o público sobre posturas e lições que devem ser seguidas. A primeira é que a pecuária moderna depende de gestão. “É necessário conhecer os animais, manejo, estrutura, ter o controle da propriedade e demais ações para obter resultados satisfatórios.

Ele ressaltou ainda que o produtor precisa ter em mente que a pecuária moderna produz carne e não boi, a necessidade de inverter a cadeia - já que é mercado que diz que boi ele precisa - , e a importância da globalização e seus efeitos – como tendências de consumo, geopolítica, etc.

Carne forte

Fernando Sampaio enfatizou que o mercado deve estar preparado para oscilações e situações que podem prejudicar a cadeia. “Porque isso vai acontecer sempre. Já passamos pela questão da doença da vaca louca e outras tantas que causaram problemas na pecuária. Mas o setor consegue se levantar. A carne é forte, e não fraca. E todos sabem disso. O produtor precisa ter essa visão estratégica para conseguir se desvencilhar desses obstáculos que surgem no caminho”, garantiu.

Expopec 2017

O objetivo do evento é divulgar as tecnologias voltadas ao aprimoramento da produção de carne bovina, ovina e suína no Centro-Oeste, além de discutir e apresentar o que há de mais novo no mercado nacional e internacional. A exposição terá em sua programação palestras, demonstrações e oficinas, feiras de touros, espaço para negócios, exposição de animais, shopping de cavalos, visitas técnicas, vitrine da carne, leilão, festival gastronômico e outras atividades.

Durante os quatro dias de evento, quem comparecer ao município de Porangatu poderá participar de discussões e sugestões de políticas públicas para a cadeia produtiva da carne - mercados bovinos, suínos e ovinos/carneiros -, palestras com renomados especialistas, pesquisadores, técnicos e consultores do mercado, além de lançamento e demonstração de novos produtos, equipamentos e serviços. A realização é da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), do Sindicato Rural de Porangatu e do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag).

Texto: Fernando Dantas

Fotos: Larissa Melo

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