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PIB do Agro dribla desafios e consolida 2020 com crescimento recorde de 24,31%

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O PIB do agronegócio, que cresceu lentamente em abril e em maio devido aos impactos da pandemia, registrou forte aceleração a partir de junho de 2020 e fechou o ano com crescimento histórico de 24,31%. Os cálculos foram feitos pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, realizados em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). O excelente resultado foi registrado nos dois ramos: o agrícola com alta de 24,2% e o pecuário, com 24,56%

Em 2020, o PIB teve alta para todos os segmentos do agronegócio, até mesmo para a agroindústria, que foi o segmento mais prejudicado pela pandemia. É importante lembrar que a variação do PIB do agronegócio reflete a evolução da renda real do setor, logo, sendo consideradas variações tanto de volume quanto de preços reais. As variações no ano foram de 6,91% para os insumos, 56,59% para o segmento primário, 8,72% para a agroindústria e 20,93% para os agrosserviços.

Como destacado em relatórios anteriores, para os agrosserviços, o resultado positivo do PIB reflete, primeiramente, a continuidade do abastecimento do mercado doméstico pelo agronegócio e o excelente desempenho do setor em termos de exportações – implicando em grande uso de serviços de comércio, transporte e armazenagem. Além disso, esse resultado se deve à expansão da prestação de outros serviços às cadeias do agronegócio, como financeiros, de comunicação, jurídicos, contábeis e de consultoria, entre outros.

Os resultados consolidam o cenário geral que já havia sido traçado para o segmento primário, com o forte crescimento do PIB em 2020 atrelado à expansão da oferta e ao intenso avanço dos preços agropecuários reais, resultado dos aumentos expressivos na demanda, tanto externa quanto doméstica, e do alto patamar da taxa de câmbio. Somados a maior produção anual, com uma safra recorde de grãos e crescimentos também para o café, a cana-de-açúcar e o cacau.

Já no ramo pecuário, o crescimento de 24,56%, refletiu os maiores preços das proteínas frente a 2019 e a expansão da produção e abate de suínos e aves e da produção de ovos e leite. Mas, apesar dos preços maiores, o forte aumento nos custos de produção afetou negativamente as margens dentro da porteira e na agroindústria. Além dos insumos de alimentação, que estiveram expressivamente encarecidos já que os grãos operaram em patamares recordes, no caso da pecuária de corte, deve-se destacar também as fortes elevações do bezerro e do boi magro.

Comunicação Sistema Faeg/Ifag

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