O IBGE divulgou hoje o Índice de Preços ao Produtor (IPP) relativo ao mês de Janeiro/21. Também conhecido como “inflação de porta de fábrica, sem impostos e frete”, ele mede a variação dos preços dos de produtos de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.
Os preços da indústria subiram 3,36% em Janeiro de 2021 frente a Dezembro de 2020. A taxa é bem maior que a apresentada na passagem de Novembro para Dezembro, de 0,39%, e representa a segunda maior alta da série histórica, iniciada em Janeiro de 2014, atrás apenas de Outubro de 2020 (3,41%). Com o resultado, o acumulado dos últimos 12 meses alcançou 22,96%.
Em Janeiro, todas as 24 atividades apresentaram elevação de preços, contra 17 em Dezembro. Destaque para o setor das indústrias extrativas, que teve a maior alta (10,70%) e também foi a maior influência no resultado geral (0,59 ponto percentual). Por ser um segmento muito volátil, ele voltou a ter alta após duas quedas em razão da desvalorização do real frente ao dólar e do comportamento do óleo bruto de petróleo e do mercado internacional de minério de ferro. No acumulado dos últimos 12 meses, o setor tem alta de 52,91%, a maior entre todas as 24 atividades.
A atividade de refino de petróleo e produtos de álcool também pesaram na alta (5,30%) por terem seus resultados ligados aos produtos derivados do óleo bruto de petróleo, como gasolina e o óleo diesel. Já o biodiesel, entre os quatro produtos que mais influenciaram o resultado do mês, foi o único cujos preços diminuíram: Analistas explicam que isso se deve à menor demanda ou, o que é importante para o produto, à baixa compra em leilão promovido pela ANP (Agência Nacional do Petróleo).
Comunicação Sistema Faeg/IFAG