Em visita aos municípios de Jataí e Paraúna, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, debateu problemas como seca, falta de energia e seguro rural, além de falar sobre a nova ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Desde que o nome de Kátia Abreu foi apontado como uma possibilidade para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), muito tem se discutido sobre o futuro do agronegócio no Brasil. Depois que ela foi confirmada e empossada como ministra da pasta, representantes de entidades têm se pronunciado sobre as expectativas para os próximos anos. Para José Mário, a escolha de Dilma Rousseff foi positiva.
“Kátia vem ouvindo todos os setores, o que é um ponto bastante positivo. Poucas pessoas conhecem tanto a realidade do produtor rural, as nossas dificuldades – como o problema de infraestrutura – e o mercado internacional como ela. Além disso, ela é goiana e a esperança é que o tratamento com Goiás seja mais carinhoso”, explicou José Mário, que já alertou os produtores sobre as dificuldades que todos os ministérios irão enfrentar devido ao corte de verba.
O presidente da Faeg exemplificou o modelo de gestão de Kátia Abreu citando a pretensão da ministra de reajustar a metodologia da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) para todos os produtos agrícolas. “Isso é um sonho, pois os produtores rurais podem se utilizar do preço mínimo para decidir em quais culturas irão investir e também podem optar por garantirem o preço na Bolsa de Mercados Futuros, se precavendo de futuras quedas. Mas o preço mínimo está diretamente atrelado ao custo de produção. Se nós tivermos um custo de produção mais compatível com a realidade – com base em uma metodologia resultante de estudos sérios e levando em consideração outros setores – vamos ficar mais próximos do mercado”, argumentou.
José Mário tomou café da manhã no Sindicato Rural (SR) de Jataí e almoçou no município de Paraúna, onde foi recebido por uma comitiva que o acompanhou até a zona rural da cidade para participar do encerramento de um curso de Máquinas Agrícolas, ministrado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) Goiás. “Aqui estamos da melhor maneira possível: embaixo de uma sombra natural e cercados por terra para trabalhar e sustentar nossas famílias. Aqui também temos a melhor coisa do mundo: ensinamentos sendo repassados e dando oportunidade para quem quer ganhar a vida de uma maneira digna”, disse emocionado.