Se no ano passado a indústria de proteínas pressionou os produtores de milho, neste a situação tende a se inverter. Na safra anterior, a indústria nacional de carne chegou a reverter contratos de exportação do cereal a fim de ter milho suficiente para a produção de suínos e de frango.
Neste ano, mesmo prevendo melhor abastecimento, a indústria ainda não vive bons momentos. A situação do setor é agravada ainda mais pela recessão econômica interna, que retira de boa parte dos consumidores a capacidade de compra, segundo ele.
“Com a super produção de milho praticamente já confirmada nesta safra, as esperanças na melhoria dos preços do cereal estão depositadas sobre os setores consumidores. O câmbio será fundamental para alterar o atual cenário, já que possíveis altas da moeda americana poderão influenciar positivamente a competitividade da carne e do milho brasileiros no mercado externo”, aponta o analista técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), Cristiano Palavro.
Há, porém, uma saída tanto para a indústria como para os produtores: a valorização do dólar. A alta da moeda americana dá maior competitividade para a carne brasileira no exterior, o que confere maior fôlego à produção. Esta, por sua vez, aquece o consumo de milho.
Texto: Notícias Agrícolas, com informações da Faeg
Foto: Arquivo Faeg