Seguindo a programação de visitas, a Missão Técnica aos Estados Unidos saiu da cooperativa River Valley rumo a Bolsa de Valores de Chicago (CBOT). Os 29 integrantes puderam ver, ao vivo, a movimentação e o funcionamento de um pregão com negociação de compra e venda de commodities.
A Bolsa de Chicago é a principal instituição financeira relacionada às commodities agrícolas. Hoje pertencente ao CME Group, grupo gestor de algumas das principais bolsas americanas, a CBOT é a mais antiga bolsa de opções e mercadorias futuras, com suas ações iniciadas em 1848. São mais de 50 produtos comercializados no pregão de Chicago, onde há destaque aos produtos agrícolas como a soja, o milho e a madeira por exemplo.
Os pregões acontecem simultaneamente na Internet, por meio de um programa chamado CME Globex, onde os corretores podem realizar as compras e vendas de mercadorias e contratos em mais de 85 países do mundo. No prédio da CBOT também existe uma área de negociações onde representantes das principais empresas mundiais e corretores individuais disputam acirradamente as melhores lucratividades nos contratos negociados. Os produtores brasileiros da Missão Técnica puderam acompanhar algumas destas negociações, que realmente na primeira vista parecem uma verdadeira bagunça. Na verdade, por meio de uma linguagem avançada de sinais, gestos e gritos os corretores e operadores da bolsa realizam os leilões com alta eficiência e velocidade nas negociações.
Os produtores brasileiros também puderam assistir a um vídeo explicativo sobre o que é a CME Group e o que ela faz. O vídeo, altamente didático, explicou a todos que o grupo responsável pela segurança nas negociações de mercadorias, sejam elas no mercado físico ou no mercado futuro, gerenciando os riscos dos compradores e vendedores.
Depois disso o grupo ainda teve a oportunidade de conversar com um corretor, o Sr. Michael Wisnefski, o qual mostrou como são feitas as transações com o auxílio do programa CME Globex. Ele também explicou como é o seu trabalho e fez demonstração de compra e venda de madeira, produto no qual ele costuma operar com maior frequência. Respondendo aos questionamentos dos brasileiros, Michael explicou que não representa nenhuma empresa, atuando como corretor independente, sendo conhecido popularmente como um especulador no mercado, já que não atua na produção de alguma produto físico.
A comitiva ficou empolgada com a visita e a possibilidade de maior compreensão sobre o mercado de contratos futuros e a formação dos preços que afetam toda comercialização de grãos no mercado mundial. Não foram permitidos registros fotográficos dentro do prédio da bolsa.
Fotos: Cleiber Di Ribeiro