“Vou investir em segurança e pesquisa”, diz Marconi Perillo

Catherine Moraes

Candidato à reeleição, o governador Marconi Perillo (PSDB) foi o primeiro dos candidatos a participar da entrega do documento “O que esperamos do próximo governador” na manhã desta quinta-feira (25). Realizado pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), o evento tinha como objetivo apresentar as principais demandas do setor aos candidatos ao governo de Goiás. Entre os pontos destacados: responsabilidade social, infraestrutura e logística, pesquisa assistência técnica e extensão rural, meio ambiente e recursos hídricos, política agrícola, segurança alimentar e segurança rural.

Leonardo Ribeiro, presidente da Federação recebeu os candidatos e falou sobre a necessidade de alavancar alguns setores da agropecuária, assim como a necessidade de investimento em logística, pesquisa e assistência técnica. “Sabemos que alguns segmentos já tiveram grandes saltos em tecnologia, por exemplo, mas sabemos também que ainda temos muito a crescer. Infelizmente grande parte dos nossos produtores ainda ganha pouco e nós queremos ajuda para dar este salto a quem mais precisa”, completou.

Marconi aproveitou a oportunidade para relembrar outras diversas vezes em que esteve na Faeg para discutir demandas similares. Em 1998 e 2002 como candidato ao governo de Goiás; em 2006 como candidato ao Senado e novamente em 2010 quando realizamos um debate com os candidatos ao governo do Estado. “Foi aqui nesta casa que consegui, com parceria dos Sindicatos Rurais, elaborar um diagnóstico das estradas, por exemplo. Em seguida, criamos o Rodovida”, afirmou.

Segurança e Meio Ambiente
O governador falou ainda sobre a nomeação de Leonardo Vilela à frente da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), como forma de estabelecer um diálogo entre o governo e produtores. “Criei, neste ano o Vapt Vupt Ambiental, por exemplo. Tudo isso, para aumentar a celeridade dos processos”, pontuou. Sobre a questão de segurança pública no campo, também abordada no documento, Marconi disse que entrega agora 2.200 viaturas e, de forma genérica, disse que muitas delas irão atuar em patrulhamento rural.

Gastos com propaganda/febre aftosa
Marconi aproveitou os 15 minutos de discurso para falar sobre o status de Zona Livre da Afotosa com Vacinação, conquistado por Goiás. “Hoje, exportamos carne para o mundo todo por causa deste status. Muitos criticaram em meu governo o gasto de muita verba com publicidade, mas em um caso como este é de extrema importância. Se apenas um gado tivesse sido detectado com aftosa, as portas do mercado externo estariam fechadas para a gente. Foi por isso que várias vezes publicamos avisos aos produtores em todos os veículos, para que não deixassem de vacinar o rebanho”, completou.

Assistência técnica e pesquisa
Perillo citou também a importância dos novos veículos adquiridos pela Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater). E finalizou reforçando a ampliação da estrutura das Centrais de Abastecimento do Estado de Goiás (Ceasa). “Se for eleito, vou ampliar ainda galpões na Ceasa”, disse. Por fim, falou que vai dar foco à pesquisa.

Confira alguns pontos previstos no Plano de Governo que dizem respeito ao setor:
• Interagir com o Governo Federal para que a Celg federalizada tenha garantia de recursos para linhas de transmissão e distribuição necessárias no estado;
• Apoiar o projeto de expansão da hidrovia Paranaíba-Tietê-Paraná;
• Construir novos pontos de pesagem nas estradas evitando desgaste precoce (em parceria com governo federal);
• Apoiar ações que estimulem o uso do modal ferroviário com a consolidação da Ferrovia Norte-Sul, trecho Porto de Itaqui (MA) a Anápolis (GO);
• Apoiar o projeto de construção da Ferrovia de Integração Centro-Oeste;
• Substituir pontes de madeira por estruturas de concreto armado nas estradas;
• Expandir o apoio às famílias rurais com programas como Lavoura Comunitária e Horta Comunitária;
• Expandir a produção agrícola em sistema de irrigação privados por meio de políticas públicas;
• Manter e ampliar programas de sanidade animal;
• Incrementar sistemas de produção de aves e suínos com políticas públicas.