Restrições do FCO impedem aquisição de matrizes bovinas

Pág. 06 Agenda Rural GadoNayara Pereira, com informações da Gerência Técnica da Faeg

Preocupados com o custeio do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), pecuaristas e produtores rurais de Goiás, procuraram a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás), em busca de soluções para a aquisição de matrizes ou reprodutores de genética bovina. Já que o Banco do Brasil (BB), restringiu o financiamento somente para animais que apresentarem certificados de registros emitidos pelas associações de criadores. Afirmando também, que nenhuma operação que corresponder a esse quesito, será formalizada.

Segundo o gerente de assuntos técnicos e econômicos da Faeg, Edson Novais, no estado, existe um percentual pequeno de animais registrados. De mais de 2,4 milhões de vacas que foram ordenhadas em 2015, não foi possível chegar a apenas 1% dos animais registrados. “O que não quer dizer que não tenham uma boa genética. Eles só não seguiram os tramites para o registro. Além dos produtores que forem financiar os animais pelo FCO encontrarem dificuldades para adquirir animais já registrados, temos outros entraves que também inibirão os financiamentos e os investimentos desses produtores”, afirma.

Outra preocupação, diz respeito a estrutura das associações para atender toda a demanda no estado, na emissão de certificados das matrizes ou reprodutores que forem financiadas. Além disso, a certificação dos animais não certificados demanda tempo e recursos financeiros que podem inviabilizar o investimento devido aos elevados custos para os produtores rurais. “Assim, o produtor que já se encontra com dificuldades para equilibrar seu custo de produção com os baixos preços dos seus produtos, terá que rever seus investimentos e ou até adiá-los”, destaca.

O gerente alerta que o ideal é estimular e incentivar a evolução genética através de uma bonificação - com juros menores -, para aquele produtor que adquirisse os animais com certificados de registros. Por conta disso, a Faeg encaminhou um documento para o Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE), solicitando intervenção junto ao Conselho Deliberativo de Desenvolvimento da Região Centro-Oeste (Condel) e Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco).

A solicitação, explica Edson, dará continuidade aos financiamentos dos investimentos dos produtores em matrizes e reprodutores no estado com o apoio do FCO. “Acreditamos que com essa medida restabeleceremos os investimentos no setor da pecuária em Goiás”, finaliza.

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