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Setor produtivo de Goiás estuda Plano Estadual de Florestas

encontro florestasSabendo que Goiás tem se destacado entre os demais estados que compõem a federação, no que diz respeito à consolidação do setor de silvicultura, o grupo gestor, formado por entidades ligadas ao setor produtivo de Goiás, se reuniu nesta terça-feira, 11 de julho, para discutir a formulação de um Planode Desenvolvimento Florestal do Estado de Goiás. O intuito é fortalecer as políticas públicas de incentivo ao cultivo no estado, além da atração de investimentos e valorização dos produtores florestais provenientes desta importante atividade comercial. A alternativa foi buscada após a grande carência de informações sobre este setor dentro do estado. Neste cenário, o ‘Projeto de Sustentabilidade para Goiás’ do Sebrae, através de seu grupo gestor, buscou formas de suprir esta lacuna, com o apoio da Embrapa Floresta.

Em 2015, foi publicado o Diagnóstico de Florestas Plantadas no Estado e em 2017 um relatório walter rezendecom mapeamento e quantificação espacial das florestas de eucalipto, pinus, seringueira e mogno africano no estado de Goiás, contendo informações importantes sobre o setor, em vários aspectos, levantando novas prospecções a serem desenvolvidas. De acordo com o grupo gestor, com todas estas informações, espera-se, que haja maior investimento neste setor.

O presidente da Comissão de Silvicultura da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e também presidente da Câmara Setorial de Florestas Plantadas do Ministério Agricultura e Pecuária e Abastecimento (Mapa), Walter Rezende, diz que a implantação do plano é altamente necessária para o estado. “Nenhuma atividade pode ser bem sucedida se não tiver um bom planejamento. É exatamente com este propósito que estamos criando este plano, para tratar das estratégias e finalidades do setor, criando condições para colhermos frutos no futuro”, explica.

florestas jose mario

Atualmente, as florestas plantadas no Brasil se estendem por cerca de 7 milhões de hectares plantados, concentrando um excedente de 1,7 milhões. “Ficamos por entender quando o presidente da República faz parte daquele acordo de Paris, assinando um compromisso de plantar mais 12 milhões, mas para plantar tudo isso temos que ter um planejamento para olhar para frente, no futuro. Então, falta fomento, incentivo e planejamento”, pontua.

Segundo o presidente da Faeg, José Mário Schreiner, apesar de Goiás possuir uma economia forte, o estado precisa de mais incentivos consistentes neste setor. “Precisamos de políticas públicas de incentivo ao cultivo de florestas, além de investimentos e valorização dos produtores oriundos desta atividade comercial”, diz. Para ele, é preciso unir forças, parcerias para atrair investimentos, consolidando toda a cadeia produtiva do estado, buscando uma autorregulação dentro dos setores”, afirma.

dito msModelo de política

A reunião contou com a participação do diretor executivo da Reflore, Dito Mário, que na ocasião apresentou o modelo de Política Estadual de Florestas do Mato Grosso do Sul. Segundo ele, a política tem como objetivo estruturar o setor. Para isso, foi criada uma Câmara Setorial, um plano estadual e a busca de parcerias. De acordo com ele, apesar do Centro-Oeste possuir vantagens comparativas e competitivas, a região possui também muitos desafios. “Apesar do nosso setor estar consolidado, temos que buscar solucionar todos os gargalos, promovendo o desenvolvimento das cadeias produtivas que têm base florestal”, diz.

Texto: Juliana Barros
Foto: Anne Vilela

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