Evento realizado em Campinorte também teve apoio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Em Goiás, 4 milhões de hectares devem ser destinados ao cultivo de soja neste ciclo, segundo o IBGE, com expectativa de produção superior a 14,25 milhões de toneladas.
Na década de 1980, o italiano Eugênio Perinelli migrou de São Paulo para Campinorte, onde começou a plantar milho e arroz – mesmo sendo chamado de louco. Em 1990, ele e a família iniciaram o cultivo de soja em uma área de cinco hectares. Atualmente são 3.500 hectares, também em Uruaçu e Mara Rosa, com soja na safra de verão e milho e sorgo na segunda safra.
Diante do espírito desbravador, pioneirismo e sucesso, a fazenda Três Irmãos sediou nesta sexta-feira a Abertura Estadual do Plantio de Soja. “Já faz tempo que o Norte de Goiás gera grande demanda na Agricultura. As áreas vêm crescendo bastante e ocupando espaços que antigamente só a pecuária tinha. Receber um evento como esse em nossa propriedade é motivo de muita honra e satisfação para a nossa família”, ressalta Carlos Alberto Perinelli, filho do Sr. Eugênio.
O evento foi organizado pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Sistema Faeg/Senar) e pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Goiás (Aprosoja-GO), com o apoio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
A programação teve a participação de autoridades e lideranças locais e estaduais, como o presidente do Sistema Faeg/Senar /Ifag e deputado federal, Zé Mário Schreiner; o presidente da Aprosoja-GO, Joel Ragagnin; e o secretário de Estado da Agricultura, Tiago Mendonça.
Produtores rurais, profissionais do setor agropecuário e a comunidade geral também acompanharam o evento com bênção das sementes de soja e o ato simbólico de abertura do plantio, com tratores e plantadeiras iniciando os trabalhos de semeadura da lavoura. O painel técnico abordou os cenários da economia, mercado da soja e insumos para os próximos meses, com os analistas de mercado Enio Fernandes, presidente da Comissão de grãos da Faeg e consultor da Terra Agronegócios) e Matheus Pereira, da Pátria Agronegócios. A mediação foi de Leonardo Machado, coordenador institucional do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag).
Devido ao constante incremento de áreas novas para produção (especialmente aquelas antes destinadas à pastagem), a produtividade média de soja na região está na faixa de 55 sacas/hectare, de acordo com o IBGE. Em termos econômicos, a produção de soja no Norte goiano movimenta cerca de R$ 1,2 bilhão anualmente.
“A região norte, apesar de representar, aproximadamente, 5% da produção goiana de soja, é a região de estado que de maior crescimento do cultivo da oleaginosa. De acordo com dados do IBGE, a área plantada na região norte cresceu em uma média de 6% ao ano, uma taxa de crescimento maior do que a de Goiás”, explica Leonardo Machado.
“Por meio deste evento prestigiamos a região Norte de Goiás, que tem se mostrado cada vez mais importante no cenário da produção de grãos no Estado”, destaca o presidente da Aprosoja-GO, Joel Ragagnin.
Na safra 2021/22 a produção goiana de soja 14,1 milhões de toneladas, um avanço de 3% acima do que foi colhido no ano passado.
“Acreditamos que o crescimento da produção possa ser ainda maior, já que a área destinada à cultura deva avançar 5,6%. As provisões climáticas, até o momento, são positivas, sendo que a expectativa é de que o clima não seja um limitante nesta safra. Acreditamos que próximo de 50% da área destinada à soja já foi semeada, um avanço considerado muito bom. Só a título de comparação, no ano passado, este percentual no mesmo período não alcançava 5%. Se essa previsão se confirmar teremos mais uma vez uma grande contribuição do agro para a economia goiana, explica Zé Mário Schreiner, presidente do Sistema Faeg/Senar/Ifag e deputado federal.
Comunicação Sistema Faeg/Senar