Fabiana Sommer
O uso de plantas para fins medicinais é bastante antigo, embora os cuidados de armazenamento e manipulação ainda sejam desconhecidos por muitas pessoas. Foi pensando nisso que mais uma vez, a Federação de Agricultura e Pecuária (Faeg), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) Goiás e o Sindicato Rural levaram o treinamento de plantas medicinais para o estande do Sistema durante a Tecnoshow 2014.
O treinamento teve como objetivo ensinar aos participantes sobre acondicionamento, secagem e armazenamento das plantas, bem como, mostrar que todas as plantas têm um uso específico e que a utilização de cada uma deve ser feita de acordo com suas especificidades. Ministrado pela instrutora e fitoterapeuta Miranildes Garcia Teixeira, o curso também teve o intuito de resgatar a sabedoria popular, sempre preservando o meio ambiente. “Não podemos iniciar um treinamento como este sem antes repassarmos aos nossos alunos sobre a importância do meio ambiente, por isso é que eu ensino eles até como se deve arrancar a planta da natureza, evitando assim que ela morra”, comentou.
Este ano o treinamento teve a participação de acadêmicos do curso de Farmácia e também de donas de casa pertencentes ao Centro de Referência em Assistência Social (CRAS). Para a instrutora, esta mescla de participantes foi fundamental para a condução, uma vez que reuniu a sabedoria popular com o conhecimento científico. “As donas de casa puderam expor seus conhecimentos populares e os acadêmicos questionaram embasados nos aprendizados científicos”, afirmou Miranildes.
A integrante do CRAS, Vera Lúcia Borges Cruvinel é uma adepta a participação dos cursos oferecidos pelo Senar. A dona de casa já participou de 13 cursos, mas para ela, o de plantas medicinais foi o mais proveitoso. “Adoro participar dos cursos, sempre que têm estou participando, mas este fez a diferença em minha vida, pois poderei utilizar em minha casa, além de saber que essas plantas eu poderei encontrar no meu próprio quintal”, ressaltou Vera.
Já para a acadêmica Luana Moraes o curso foi produtivo, pois ela conseguiu aliar o conhecimento que já obteve em sala de aula com a prática repassada no treinamento. “Aprendi que todas as plantas têm um uso específico e que a utilização do conjunto da planta também é importante”.
O curso foi separado em três momentos, no primeiro os participantes fizeram a identificação das plantas, no segundo foi extraída a tintura e o terceiro momento foi à hora do processamento, onde os participantes puderam fazer composto para dores reumáticas, xarope, unguento, sabonete e protetor solar com aloe vera.